A brasileira Carolina Markowicz ganhou nesta sexta-feira em Cannes a Queer Palm para curta-metragens por “O órfão”, sobre um adolescente adotado que é devolvido ao orfanato por ter um caráter afeminado.
O filme “Girl”, do belga Lukas Dhont, que gira em torno a uma adolescente que nasceu menino e sonha se tornar uma bailarina, ganhou o prêmio máximo.
Criado em 2010, este prêmio independente recompensa um filme que aborde a temática LGTB entre todos os apresentados em Cannes.
Baseado em fatos reais, “O órfão” narra, em 15 minutos, a história de Jonathas, um adolescente órfão que é adotado por um casal burguês. Jonathas, interpretado por Kauan Alvarenga, gosta de passar batom e usar vestidos femininos. Quando a família descobre seus hábitos, obriga-o a voltar ao orfanato.
Este é o quinto curta-metragem de Carolina Markowicz, que em 2008 ganhou o prêmio de melhor curta no Festival do Rio com “69-Praça da luz”.
“O órfão” foi apresentado na seção paralela da Quinzena de Realizadores, onde também estava outro filme brasileiro, “Los silencios”, de Beatriz Seigner, sobre as consequências do conflito colombiano na população civil.