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Casamento? Não, obrigado! Prefiro uma viagem prazerosa

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Matheus Rocha

Espero, de coração, que você não me julgue por isso que vou falar – nunca fui o tipo de gente que sonha com um casamento na igreja, doze pares de padrinhos, uma festa animada e depois uma lua de mel de sete dias com os boletos parcelados para outros sete meses. Não quero criticar quem tem essa vontade, longe de mim, só não sonhei com isso para a minha história.

Desde bem pequeno, tenho um desejo latente: quero conhecer o mundo. Mas não é só uma mera vontade, não é o tipo da coisa que dá e passa. Eu realmente sinto que preciso visitar as pirâmides do Egito, correr no Central Park, provar um sushi feito no Japão, ver as flores do Canadá, ser livre em Amsterdã ou tirar uma foto clichê em Paris.

Quero também ter alguém que me acompanhe em todas essas aventuras. Que faça comigo a pose de segurar a Torre de Pisa, que faça uma careta bem feia ao lado da Monalisa ou prove churrasquinho de escorpião na China. Quero alguém para colecionar pôr e nascer do sol nos desertos, nas matas ou num safári na África. Minha condição não é não ser par. Eu só acho que temos coisas mais importantes do que casar.

Porque, veja bem, meu amigo, também acredito nessa instituição toda que é o matrimônio, na importância do evento em si, da data que serve para as comemorações, mas também penso que podemos viver uma vida muito mais feliz celebrando a nossa união em cada cartão postal que enviarmos de um novo destino aos nossos amigos que, ao invés de estarem em vestidos rodados, terno e gravata, estarão em casa, dentro de uma vida normal, redondinha e super programada, esperando a encomenda dos correios chegar.

Nunca busquei um amor para me levar ao altar. Eu sempre sonhei com alguém que me levasse para viajar. Para descobrir novas cores do mar, para provar diferentes sabores, tipos de pimenta e pizzas. Tem coisa mais romântica do que uma garrafa de vinho barata e sair pelos mais deliciosos restaurantes provando todas as pizzas que o estômago aguentar?

O amor, no fim das contas, não é o sentimento – é o que você faz com ele. Eu, do alto do meu desejo de sair para passear, procuro alguém para trocar passaportes ao invés de alianças. Essas últimas, os dias, os voos atrasados, os colchões de hotel, barracas e albergues vão proporcionar.

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