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'Caganeira'

Dalmi, o homem do campo, fala curto e grosso

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Acervo Pessoal

Creio que muitos sabem que sou veterinário nas horas vagas, profissão que exerço há mais de duas décadas. E, nesse tempo todo, conheci vários clientes interessantes e até curiosos, mas nenhum, creio, tão peculiar quanto o Dalmi. Além de criador de cães da raça Dogue de Bordeaux, ele é domador de bois e compositor.

Na verdade, ele é extremamente preocupado com o bem-estar animal, pois trata todos com imenso carinho no seu sítio, seja galinha, seja cabra ou qualquer outro que aparecer por lá.

Por conta dessa diversidade de atividades, de vez em quando o Dalmi me manda uma mensagem pedindo socorro ou, então, para me mostrar a nova música, daquelas do tipo sertanejo bem raiz, como ele mesmo gosta de dizer. E sempre compartilho as tais canções com vários amigos e colegas, que muitas vezes tecem elogios. Alguns até dizem que vão colocá-las para tocar no carro. Pois é, parece que o Dalmi é um excelente compositor!

A minha mulher, a Dona Irene, além das músicas, adora ouvir as mensagens de voz que o Dalmi me manda. Ela acha o máximo a falta de papas na língua do meu cliente, que não se envergonha em falar muitas palavras que, talvez, você, que está lendo esta história, não ouse proferir.

Mas já vou avisando, isso não é falta de educação dele, mas simplesmente por ele pensar que as coisas devem ser chamadas pelos nomes. Portanto, não espere que o Dalmi diga “Eduardo, o Brutus está com disenteria!”, pois isso não vai acontecer.

O Dalmi fala as coisas da maneira mais brasileira possível: “Eduardo, o Brutus tá cagando mole!”.

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