Lula está prestes a marcar a história como o presidente que nomeia mulheres para posições de destaque e influência, demonstrando um compromisso sólido com a equidade de gênero e a diversificação do cenário político. A possível indicação da advogada Daniela Teixeira para o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça, é um passo importante nessa direção. Reflete, na opinião de juristas, não apenas uma escolha qualificada, mas também a aspiração de criar um ambiente mais inclusivo e representativo no Poder Judiciário.
A trajetória de Daniela Teixeira, marcada por seu compromisso com a ética, justiça e equidade, faz dela uma candidata em condições de contribuir significativamente para a tomada de decisões no STJ. Sua experiência no mundo jurídico é de quem tem um olhar apurado sobre as complexidades legais e sociais que os casos apresentam, enriquecendo os debates e reflexões naquela Corte superior.
A eventual indicação ganha ainda maior relevância se considerarmos que Daniela Teixeira é autora da lei 13.363/16, que concede direitos às advogadas grávidas, adotantes e lactantes, como suspensão de prazos e preferência em audiências. A lei recebeu o nome de sua filha: Lei Julia Matos, cuja história foi a inspiração para o projeto de lei. Essa conquista legislativa, que reflete a sensibilidade de Daniela para com as necessidades das mulheres no campo profissional e pessoal, ressalta a dedicação dela em criar mudanças positivas para a sociedade.
Se confirmada, a indicação da advogada, presente em lista tríplice já nas mãos de Lula (os outros dois candidatos são Luiz Cláudio Allemand e Otávio Luiz Rodrigues Junior) reforçará a importância de considerar uma gama ampla de perspectivas para promover a justiça e a equidade na sociedade brasileira.
O comprometimento de Daniela Teixeira com as letras da lei, suas realizações e sua capacidade de compreender as nuances legais e sociais dos casos que chegam ao STJ, fazem dela uma escolha significativa para essa posição.
Por fim – e é isso que se espera – ao indicar Daniela para o STJ, Lula estará transmitindo uma mensagem poderosa sobre a capacidade das mulheres de ocupar posições de liderança e influência em áreas tradicionalmente dominadas por homens. Em síntese, o presidente, se assim agir, estimulará a próxima geração feminina a perseguir carreiras no campo jurídico e em outras áreas de importância estratégica.
*Gustavo Ferreira, jornalista, diretor da Tempo Real Comunicação, está em tratativas para ser o mais novo colaborador de Notibras.