De pioneiros como Chuck Berry a autênticos gênios da comédia como Jerry Lewis, a música e o cinema perderam grandes nomes em 2017 com as mortes de estrelas como Tom Petty, Roger Moore, Fats Domino, Jonathan Demme e Jeanne Moreau.
É difícil mensurar o impacto no rock and roll e a marca deixada por Chuck Berry, uma das primeiras lendas do gênero efervescente e jovem que revolucionou a música popular no século XX.
Autor de músicas inesquecíveis como “Johnny B. Goode” e “Maybellene”, Chuck Berry morreu aos 90 anos em sua casa nos arredores de St. Louis, no Missouri, nos Estados Unidos.
Também é impossível quantificar o peso para a comédia cheia de trejeitos, tropeços, equívocos e fantasias que teve Jerry Lewis, um dos maiores expoentes deste estilo, que morreu aos 91 anos.
Ator, diretor, produtor, roteirista e artista, Lewis formou uma dupla memorável do humor ao lado de Dean Martin e deixou para a posteridade filmes “O Mensageiro Trapalhão” (1960) e “O Professor Aloprado” (1963).
Com um perfil completamente diferente, mancante pela elegância e a finura do agente 007, outra perda do cinema foi a de Roger Moore, aos 89 anos. Protagonista de clássicos como “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973) e “007 – O Espião Que Me Amava” (1977), o britânico foi o ator que mais vezes interpretou James Bond.
Outro britânico ilustre, John Hurt, conhecido por longas-metragens como “Alien – O Oitavo Passageiro” (1979) e “O Homem Elefante” (1980), faleceu aos 77 anos devido a um câncer de pâncreas.
Hurt era um ator cultuado, assim como Jeanne Moreau, musa da Nouvelle vague e lenda do cinema francês, uma enigmática atriz e cantora que trabalhou até o final de seus 89 anos e que entrou para a história do cinema por ter participado em joias da sétima arte como “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” (1962).
A televisão americana se despediu de outro ícone feminino: Mary Tyler Moore, que morreu aos 80 anos. A atriz se transformou em um símbolo da mulher moderna e independente com “The Mary Tyler Moore Show”.
Mais jovem, com 73 anos, faleceu Jonathan Demme, diretor de “O Silêncio dos Inocentes” (1991) um dos três filmes – junto a “Aconteceu Naquela Noite” (1934) e “Um Estranho no Ninho” (1975) – que ganharam os cincos prêmios mais importantes do Oscar: melhores filme, diretor, ator, atriz e roteiro.
Com olhar penetrante e a imponente presença de um “cowboy”, morreu com a mesma idade o ator e escritor Sam Shepard, roteirista de “Paris, Texas” (1984) e protagonista de “Os Eleitos – Onde o Futuro Começa” (1983).
O cinema de terror disse adeus a dois brilhantes professores do gênero: George A. Romero (“A Noite dos Mortos-Vivos”, 1968) e Tobe Hooper (“O Massacre da Serra Elétrica”, 1974; e “Poltergeist: O Fenômeno”, 1982).
Martin Landau, ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante pelo papel em “Ed Wood” (1994), foi outro dos rostos conhecidos que faleceram em 2017, um ano também marcado pelo adeus de Harry Dean Stanton, Miguel Ferrer, Emmanuelle Riva, Anita Pallenberg, Bill Paxton, Frank Vincent e Michael Nyqvist.
Um das mortes mais inesperadas no mundo da música foi a de Tom Petty, aos 66 anos. Enorme expoente do rock americano mais intenso e apaixonado, o cantor se tornou eterno com músicas como “American Girl” e “Free Fallin”.
Os fãs do grunge tiveram que se despedir de Chris Cornell, vocalista das bandas Soundgarden e Audioslave, que se suicidou aos 52 anos, em Detroit. Amigo íntimo de Cornell e vocalista do Linkin Park, Chester Bennington também tirou a própria vida aos 41 anos, em Los Angeles.
De estilo totalmente diferente e autor do hit “Blueberry Hill”, Fats Domino, mestre do piano que influenciou os inícios do rock, morreu aos 89 anos em sua amada e natal Nova Orleans.
Os fãs de rock também se despediram em 2017 dos guitarristas Gregg Allman, do Allman Brothers Band; Malcolm Young, do AC/DC; J. Geils, do The J. Geils Band, e Walter Becker, do Steely Dan.
O ano também foi marcado pelas mortes do ícone do rock francês, Johnny Hallyday, dos astros do country Glen Campbell e Don Williams, do crooner Al Jarreau, da lenda do soul Charles Bradley, do rapper Prodigy – da dupla Mobb Deep -, e da estrela do pop juvenil dos anos 70 David Cassidy.