Ao comentar os 18 anos de implantação da faixa de pedestre na capital federal, o comandante do Batalhão de Policiamento de Trânsito de Brasília (BPTran), major Magno Antônio, afirmou que a cidade não pode abrir mão da qualidade de vida criada nesses anos. As faixas de pedestre chegaram aos 18 anos nesta quarta-feira, 1.
O major disse que tem uma “relação profissional” com a faixa de pedestre: na época da implantação da medida, em 1º de abril de 1997, ele era aspirante no BPTran. Magno Antônio lembrou que a ideia foi trazida para Brasília pelo coronel Renato Fernandes de Azevedo, comandante do batalhão à época. O comandante se baseou na observação que fez sobre o uso das faixas de pedestre em viagens que fez a vários países.
A faixa de pedestre, que hoje faz parte da rotina dos moradores de Brasília, recebeu homenagens de policiais do BPTran. Nesta manhã, os policiais estiveram no local onde foi implantada a primeira delas, na Super Quadra Sul (SQS) 308. Lá, os policiais usaram técnicas de teatro para orientar, de forma lúdica, alunos das escolas do Distrito Federal sobre as leis de trânsito.
Ana Paula, de 9 anos, aluna da Escola Classe 308 Sul, após assistir a uma aula dos policiais sobre travessia segura de vias públicas, disse: “Não podemos passar correndo ou falando no celular. E também devemos descer da bicicleta para evitar acidentes.”
“Brasília, por ser referência para outras cidades do país [em termos de faixa de pedestres, deveria organizar] campanhas durante todo o ano”, disse o professor aposentado Jacinto Guerra, de 79 anos, que também assistiu às aulas dos policiais. “Eu tenho, [apesar da minha idade], segurança ao atravessar as ruas e acho até que o respeito à faixa estimula as pessoas a andar a pé pela cidade. É um gesto de cidadania.”
“Só não podemos esquecer que o pedestre e o motorista têm uma parte nessa relação [com o trânsito]. Como motorista, eu vejo muitas pessoas que já vão entrando na faixa sem sinalizar. Cada um tem [consciência sobre como] fazer a sua parte”, comentou Juan Costa da Silva, de 25 anos.
A opinião é compartilhada por Diana Oliveira, de 42 anos, que passeia frequentemente com o filho Matheus, de 1 ano e 4 meses, pelas quadras da Asa Sul. Hoje, após acompanhar as orientações dos policiais, ela disse que as crianças assimilam rápido as normas sobre a travessia segura da faixa de pedestre. “De tanto me ver fazendo o sinal, Matheus tenta me imitar e joga as mãos pra frente quando chega à beira da rua.”