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Seria você?

De idiotas o mundo está cheio, mas no Zap tem mais

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Autor/Imagem:
João Zisman - Foto de Arquivo

Se você já participou de um grupo de WhatsApp – seja da família, trabalho ou aquele infernal do condomínio – certamente já se deparou com um dos muitos espécimes da fauna digital: os idiotas.

Mas, calma, não me leve a mal. Aqui, não estou falando daqueles que ocasionalmente postam uma piada ruim ou confundem “café” com “carfé” no teclado. Não, estamos falando de uma classe muito especial de idiotas.

Uma categoria evoluída, quase acadêmica, que transforma qualquer grupo de WhatsApp em um circo de horrores. E hoje, com muito humor e uma pitada de acidez, vamos classificá-los.

O provocador profissional
Vamos começar com aquele que acredita que a sua missão na vida é cutucar a onça com vara curta. Ele não entra em debates para discutir, ele entra para provocar. Sempre lança aquela frase passivo-agressiva no grupo como quem joga uma granada e sai de fininho. “Nossa, vocês ainda acreditam na mídia tradicional?” – diz ele, como quem segura um cartaz escrito “Me xinguem agora, por favor”. Geralmente, sua tática envolve soltar uma pérola dessas logo cedo, antes das 7h da manhã, só para garantir que o grupo já acorde em guerra.

O agressivo descontrolado
Se o provocador é a faísca, o agressivo é a explosão. Não importa se a discussão começou sobre a qualidade do croissant na padaria do bairro ou sobre a política de subsídio agrícola na Moldávia. Ele vai esbravejar. Para ele, o grupo de WhatsApp é um campo de batalha, e qualquer um que discordar da sua opinião deve ser, no mínimo, expulso da internet. Suas mensagens são sempre CAPS LOCK, intercaladas com uns 5 emojis de raiva, e uma enxurrada de “desinformados!” e “vá estudar!”. Ele não dialoga, ele urra, como se o telefone fosse um megafone cósmico.

O passivo-pacifista insuportável
Aqui está o “bombeiro” do grupo, aquele que tenta apaziguar a briga enquanto todo mundo quer que o fogo consuma a discussão. “Vamos respeitar as opiniões, pessoal”, ele escreve calmamente, enquanto o grupo fervilha de ofensas. A intenção dele até que é nobre, mas, em um ambiente tóxico, ele acaba sendo aquele que ninguém quer ouvir. Afinal, quando o caos está instaurado, o último desejo de qualquer um é alguém dizendo “calma, gente”. O passivo-pacifista é aquele que joga água na fogueira quando todos querem ver o circo pegar fogo. E o resultado é só uma coisa: ele acaba irritando todo mundo.

O completo idiota
Ah, o clássico completo idiota. Sabe aquele que manda “bom dia” no grupo às 4h da manhã? Ele. Aquele que envia corrente dizendo que Bill Gates está colocando chips nas vacinas? Ele também. Ele é a pessoa que não leu o que foi discutido, não entendeu o contexto, mas mesmo assim acha necessário mandar três áudios de cinco minutos sobre nada. Sua capacidade de falar sobre coisa nenhuma é digna de estudo. Sempre tem um sobrinho distante que trabalha na NASA e confirmou que o fim do mundo está previsto para a próxima terça-feira, e, claro, todo mundo precisa saber disso via WhatsApp.

O idiota completo
Agora chegamos ao ápice da idiotice. O idiota completo é a evolução final de todos os anteriores. Ele é provocador, agressivo, passivo e um completo idiota, tudo ao mesmo tempo. Ele briga consigo mesmo no grupo, responde as próprias mensagens, compartilha fake news e logo em seguida pede desculpas, porque “nem sabia que era fake”. Ele é aquele que, se o grupo fosse uma novela, seria o vilão, o herói e o narrador da própria desgraça. Um verdadeiro fenômeno.

E o administrador?
Ah, o pobre administrador… Quem são essas almas que decidem se voluntariar para o cargo mais ingrato da internet? Ele é o pastor em meio a um bando de ovelhas doidas, sem saber se bloqueia, remove ou simplesmente desiste de viver. Ele tenta manter a ordem, criar regras, mas no fundo sabe que sua única função é remover o idiota completo quando a situação já saiu totalmente de controle.

O futuro
Infelizmente, meus caros, a tecnologia pode avançar, mas o comportamento humano nos grupos de WhatsApp está condenado a essa fauna colorida de idiotas. Pode surgir um novo aplicativo, uma nova forma de comunicação, mas onde houver um grupo de pessoas, haverá um idiota. O importante é sabermos lidar com eles – ou, no melhor dos casos, sair silenciosamente do grupo antes que a insanidade nos contamine também.

Então, da próxima vez que aquele membro do grupo acordar você às 4h da manhã com “bom dia” seguido de um link suspeito, respire fundo, silencie o grupo e siga em frente. Afinal, o mundo digital pode ser pequeno demais para tanto idiota, mas sua paciência é maior.

E se você não conseguiu identificar nenhum idiota no seu grupo de WhatsApp… Bom, tenho uma notícia ruim: talvez seja você.

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