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De olho nos pobres, Eduardo desfaz campanha do fim do Bolsa Família

Caso vença a disputa eleitoral de outubro e chegue ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos (PSB) não acabará com o Bolsa Família. Nem ele nem seu adversário na corrida presidencial Aécio Neves. Quem diz o contrário, faz terrorismo, afirmou o ex-governador de Pernambuco em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo nesta terça-feira 15.

“Isso é algo absolutamente nefasto, não se faz”, disse. A declaração foi em resposta para tentar explicar seu mau desempenho no Nordeste – pesquisa mais recente feita pelo Datafolha aponta que Campos tem 11% das intenções de voto da região, pouco acima dos 9% que tem em todo o País.

“A campanha começou no domingo passado. As pessoas vão tomar conhecimento de que eu sou candidato. Até no interior de Pernambuco tem lugar onde as pessoas não sabem que eu sou candidato”, disse Campos. “Posso dizer que, quando chegar ao final de agosto, a realidade no Nordeste será absolutamente diferente. Acredito que vou ganhar a eleição no Nordeste e que isso será muito importante para ganhar a eleição no Brasil”, continuou.

Embora tenha falado em “campanha terrorista” sem citar diretamente o governo, Campos fez críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição. “Ela vai ficar conhecida como a presidente que entregará, pela primeira vez no ciclo democrático, o País pior do que pegou”, afirmou. “Acho que o Brasil torceu muito para que a Dilma desse certo, mas ela jogou fora essa oportunidade, não teve capacidade política”, completou.

Questionado sobre se é a favor ou contra a reeleição de presidentes, o candidato do PSB disse que, mesmo que seja eleito em outubro não pensa em outro mandato. “Sou a favor do fim da reeleição. Meu partido já falou isso há mais de cinco anos, dentro das propostas de reforma política, com mandato de cinco anos sem reeleição. É possível fazer política de outro jeito, sem pensar em reeleição”, declarou.

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