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Antiguidades

De político a ladrão, só se salva o povo que trabalha

Publicado

Autor/Imagem:
Nicolas Rosa - Foto Produção Irene Araújo

Um amigo ficou com raiva
De Delfim Netto morrer,
E não ser execrado.
Silvio Santos e Roberto Marinho,
Entre outros,
Fizeram tais e tais coisas,
E nunca parei de ver novela,
Nem deixei de ver desenho.

Escuto Dom e Ravel,
De tempos em tempos,
Sem necessidade de sentir nojo.
Aquele foi outro tempo,
Outras lutas,
Não se sente ódio em solidariedade.

Eu lembro do que fizeram a Simonal,
Covardes que queriam ser a justiça.
Não mataram nenhum general,
Não explodiram nenhum tecnocrata:
Do alto de sua coragem,
Baniram um homem do povo,
Do trabalho que ele amava.

Delfim Netto foi convidado,
Pelos mesmos
governos de esquerda
Que esse povo incensava.
Fizeram a Revolução fuzilando um homem negro:
Agora viva o camarada Netto!
Mas concluindo:
Não cabe tanta raiva,
Contra figuras,
Que no fundo,
Não tem qualquer protagonismo,
E apenas manipulam alavancas.

O que interessa não é o mal
Que os maus fazem,
É o bem que deixamos de fazer.
Deixe-os ser cínicos.
Deixe-os ser pedantes.
Deixe-os viver em negociatas.

O que importa,
É você ser limpo.
Entendendo isso,
A raiva não achará morada,
Em seu coração.

Quem não sabe trabalhar,
Não pode viver de outro jeito,
Além de tomar do trabalho alheio:
Você, que trabalha, ama, e cria,
Está vivo,
Por inteiro!

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