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Debate define ações de sustentabilidade na Bacia do Paranoá

A Secretaria do Meio Ambiente e de Proteção Animal do Distrito Federal (Sema), com o apoio do Projeto CITinova de planejamento integrado e tecnologias para cidades sustentáveis, promoveu a oficina Ações de Sustentabilidade da Bacia do Paranoá, uma das principais fontes de abastecimento hídrico do DF.

O encontro, nesta quarta-feira (1º), foi no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília e teve como objetivo fazer um balanço das ações de sustentabilidade na bacia, convidando os 45 participantes, seja de instituições governamentais como da sociedade civil, a partilharem as suas experiências e os resultados das ações ambientais.

O novo secretário do Meio Ambiente e de Proteção Animal do DF, Gutemberg Gomes, esteve presente no evento e destacou o desafio da pasta para o Distrito Federal. “Espero que, juntos, possamos elaborar ações e tomarmos decisões políticas importantes. Tenho certeza de que o governo vai encarar com muita seriedade o tema ambiental”, ressaltou.

As boas práticas em segurança hídrica desenvolvidas nos últimos anos no DF foram apresentadas pelos representantes da Sema e do Projeto CITinova e, em seguida, o público foi convidado a partilhar os resultados de suas ações, momento que contou com alta adesão dos presentes.

A subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Coura, abriu os trabalhos com a apresentação dos projetos de recuperação de áreas degradadas na Bacia do Paranoá.

São eles: as parcerias com o Instituto Rede Terra, que contou com o recurso oriundo de ações de reintegração da orla do Lago Paranoá e plantou 43 mil mudas, além de sementes; com o Instituto Espinhaço, o projeto Recupera Cerrado, financiado por recursos de compensação florestal, que plantou 14 mil mudas em 40 hectares na orla norte do lago; com o Instituto Perene, o projeto reNascer Cerrado, que recuperou 75 hectares na orla com financiamento da Cargil; e o projeto de identificação e monitoramento da população de capivaras.

O subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, Glauco Cruz, falou sobre as ações realizadas pela Sema/CITinova no Lixão da Estrutural, como o diagnóstico ambiental da área, que estudou o nível de contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume do lixo. Já o projeto de remediação propõe ações para amenizar e corrigir os danos causados.

Glauco Cruz também apresentou um vídeo produzido pela Central de Cooperativas (SindCoop), responsável pela gestão do Complexo Integrado de Reciclagem da Estrutural. Este projeto é fruto de investimento do BNDES para a construção do prédio, compra de maquinários, assessoria técnica e capacitação de catadores. “Já estamos com dois anos de operação e o complexo é responsável por promover a inclusão social e produtiva de 480 catadores de recicláveis, oriundos do antigo Lixão da Estrutural”, disse. Segundo ele, essa iniciativa foi essencial para o fechamento do lixão.

A coordenadora executiva do CITinova, Nazaré Soares, passou por um histórico do projeto, elaborado em 2016 e iniciado em 2018, e lembrou das dificuldades enfrentadas durante a pandemia de covid-19 para mobilizar os agricultores familiares. Em seguida, mostrou um mapa do DF com a localização das ações de pesquisa e inovação.

“Uma propriedade que está em área das bacias que abastecem o DF não pode realizar atividades produtivas predatórias que comprometam a qualidade da água que abastece a todos nós”, destacou Nazaré Soares. O projeto realizou o Diagnóstico de Nascentes (2021), estudo útil para subsidiar a realização de novos plantios. Com a finalidade de buscar maior quantidade e melhor qualidade de água no DF, o projeto beneficiou 28 propriedades rurais e 23 hectares só na Bacia do Paranoá.

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