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Debate pega fogo na Band. Dilma, leviana. Aécio, criador de histórias

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O debate entre os dois candidatos à Presidência da República, realizado na noite desta terça-feira (14) na Band, experimentou um novo modelo de embate entre os participantes.

Todos os blocos trouxeram perguntas e respostas entre os presidenciáveis, sem a participação de jornalistas.

O formato incentivou o confronto direto de ideias e – em alguns casos – críticas ríspidas entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Em determinado momento, Dilma disse que Aécio “está fabulando, está criando uma história que não existe”, ao rejeitar a declaração de Aécio de que o Bolsa Família foi uma criação de Fernando Henrique Cardoso.

Aécio não se fez de rogado: “Eu quero responder olhando nos seus olhos. A senhora está sendo leviana”, afirmou, rebatendo acusações de que a obra do aeroporto na cidade mineira de Cláudio, feito na administração do tucano, contém irregularidades.

O debate teve recheio para todos os gostos e deu mostras do que serão os últimos dias de campanha. Em uma hora e meia de embate, Dilma Rousseff e Aécio Neves trocaram acusações, se acusaram mutuamente de estarem mentindo e não raro davam  ou ouviam respostas com falas e gestos irônicos.

Apoiada em números do seu governo – e às vezes dos 12 anos de PT no Governo Federal, Dilma cumpria a promessa feita no primeiro bloco, o de confrontar os anos PSDB, com Fernando Henrique Cardoso, e os do petismo no poder.

A candidata do PT insistiu na derrota de Aécio em sua terra, Minas Gerais, que governou por oito anos. Aécio, por sua vez, lembrava que deixou o posto com 92% de aprovação.

Aécio citava os programas sociais do governo PT para prometer melhorias no Bolsa Família e no Pronatec, por exemplo, entre dois dos mais lembrados. A paternidade do primeiro chegou a ser disputada entre os dois.

Aécio lembrava do Bolsa Escola, de “DNA tucano”: “O programa tem como pai Fernando Henrique Cardoso e mãe, dona Ruth”. Dilma reagia com ironia e citava mais números: “O Bolsa Escola atendia 5 milhões de pessoas, enquanto o Bolsa Família é para 50 milhões”.

O caso de corrupção na Petrobras também foi lembrado por Aécio. Dilma, por sua vez, citou a construção do aeroporto no terreno de um tio do tucano, na cidade de Cláudio (MG). Neste momento, ambos se acusaram mutuamente de serem levianos e de mentirem.

Em um dos momentos em que a plateia reagiu de forma mais ruidosa, Aécio disse receber pedidos na rua para que ele “liberte” as pessoas do PT. Os petistas chegaram a ensaiar uma vaia no estúdio.

Nas considerações finais, Aécio agradeceu o apoio da família de Eduardo Campos e de Marina Silva. Motivado pelas derrotas que teve no Nordeste, o tucano prometeu fazer um governo “para todos” e não do “nós e ele”. O candidato foi muito aplaudido pela ala tucana presente no estúdio.

Já Dilma convidou os eleitores indecisos a uma reflexão sobre a capacidade de cada candidato: “Quem pode garantir o que conquistamos e avançar?”. Questionou a petista, que encerrou sua fala pedindo “humildemente” os votos dos brasileiros. Antes mesmo de encerrar suas considerações finais, Dilma também foi efusivamente aplaudida pelos petistas, que chegaram a gritar o nome da candidata.

 

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