Desconfiança e preconceito na OAB
Debate revela o lado sombrio de Cléber Lopes
Publicado
emA disputa pela presidência da OAB-DF ganhou novos contornos após o debate promovido na noite de terça, 5, onde Cléber Lopes, advogado do governador e candidato ao cargo, viu suas práticas questionáveis expostas para toda a advocacia do Distrito Federal. Durante o evento, Cristiane Damasceno, conselheira federal e também candidata, revelou que uma conversa entre os dois havia sido gravada, com sua anuência obtida sob constrangimento. A revelação escancara o ambiente de desconfiança que permeia a candidatura de Cléber.
O episódio levanta uma questão crucial: por que Cléber sentiu a necessidade de gravar um diálogo entre dois concorrentes? Que tipo de acordo ou tratativa estava sendo discutido que precisava ser registrado em áudio? O debate não apenas trouxe esses questionamentos à tona, mas também revelou um padrão preocupante de comportamento. Se nem entre os próprios candidatos há confiança, o que esperar de Cléber Lopes como presidente da Ordem?
Além disso, durante o debate, outra fala de Cléber gerou indignação. Ele afirmou que precisou “sair da periferia” para alcançar o sucesso profissional, sugerindo que a advocacia só prospera em escritórios luxuosos e com acesso aos círculos de poder. Cléber reforçou sua visão elitista, desvalorizando o trabalho de milhares de advogados que atuam fora do eixo central.
Essa declaração não é apenas infeliz; é um insulto à advocacia que luta diariamente, independentemente de localização ou infraestrutura. Ao sugerir que o sucesso está reservado a quem deixa a “periferia” e ingressa no circuito bajulatório dos gabinetes, Cléber demonstra total desprezo pela diversidade e pelos desafios enfrentados por boa parte da categoria.
O debate serviu como uma vitrine para expor o verdadeiro estilo de Cléber Lopes: arrogante, excludente e pouco comprometido com os princípios de transparência e igualdade que deveriam nortear a advocacia. A pergunta que fica é: será que a advocacia do Distrito Federal aceitará ser liderada por alguém que supostamente representa justamente o que a Ordem precisa combater?