A defensora da 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, Raquel Ayres, vai atuar como advogada do caseiro Rogério Pires, suspeito de envolvimento na morte do coronel reformado do Exército, Paulo Malhães. A escolha dela atende a um pedido do presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio), Wadih Damous.
Nesta quarta-feira, a defensora se encontrou com o caseiro na Delegacia Antissequestro, no Leblon, zona sul do Rio, onde ele está preso. No encontro, segundo ela, Rogério negou a participação no latrocínio (roubo seguido de morte), no sítio do coronel Malhães, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, quando o militar foi morto. A defensora preferiu não dar mais declarações sobre o caso antes de ter acesso ao inquérito, mas adiantou que a polícia vai abrir outras linhas de investigação.
Ontem (6), durante a visita de integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado e de Wadih Damous, o caseiro já tinha negado o envolvimento na morte do coronel e informou que prestou depoimento à Polícia Civil, após ser preso, sem a presença de um advogado.
Ao sair da conversa com o caseiro, que admitiu ser analfabeto, o presidente da Comissão da Verdade encaminhou o pedido à Defensoria Pública para que um defensor público fosse indicado para atuar na defesa de Rogério Pires.