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Delações deixam Temer na corda bamba, cai não cai

Presidente diz que não havia outra alternativa para o governo. Foto/Arquivo Notibras

Cláudio Coletti

O Brasil mergulhou, nesta semana, numa nova grave crise política, desta vez de tamanho amazônico. No epicentro da crise está o presidente Michel Temer. Quando e como se dará o seu desfecho? As respostas serão puros exercícios de adivinhações.

Michel Temer corre o risco de ser afastado do Palácio do Planalto nas seguintes situações: 1- Renúncia, 2- Processo no Supremo Tribunal Federal, 3- Impeachment pelo Congresso Nacional, 4- Decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

Michel Temer declarou que não renunciará, mas sofre forte pressão para que isso aconteça, para evitar que ele não seja atingido por ações futuras. No STF foi aberto inquérito para investigar se ele incorreu em crime de obstrução de justiça, conforme está gravada em conversa dele com Joesley Batista. Na Câmara já tramitam oito pedidos de afastamento do presidente Michel Temer. No início de junho, o Tribunal Superior Eleitoral vai julgar o recurso do PSDB que pede a cassação do registro da chapa Dilma – Temer, vitoriosa nas eleições de 2014.

Para turbinar essas ações estão ocorrendo manifestações populares em todo o país defendendo “fora Temer” e pedindo “ eleições diretas já”.

O tsunami que atingiu o presidente tem potencial para mandar para o espaço as votações das reformas da Previdência e trabalhista. O presidente já está vendo o desembarque de partidos da sua base aliada. Derrotado nas reformas e perdendo apoio no Senado e na Câmara, o governo Michel Temer se tornará um zumbi pairando pela Esplanada dos Ministérios. Terá, inclusive, dificuldades de cumprir o seu mandato, no dia 31 de dezembro de 2018.

Ao lado da crise que impacta o governo Temer, tem a situação do tucano Aécio Neves, que teve seu mandato de senador suspenso pelo STF, e foi substituído no comando nacional do PSDB pelo senador cearense Tasso Jereissatti. O sonho do senador Aécio de chegar ao Palácio do Planalto foi de vez interrompido. Daqui pra frente ele terá que se dedicar á sua defesa das acusações que lhe foram imputadas em sete processos que tramitam no Supremo. E todos eles se referem a malfeitos descobertos pela operação Lava Jato.

Aguardados para este final de semana, em Brasília, novos capítulos para as crises que envolvem Temer e Aécio. As próximas horas serão de grandes agitações políticas.

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