“Alexandre Dumas que me desculpe, mas minha teoria é outra”. A frase está sendo atribuída ao deputado mineiro Júlio Delgado (PSB), candidato visto como azarão na disputa pela presidência da Câmara. Ele descarta o ‘um por todos, todos por um’, no caso, ele e seus aliados em defesa de Arlindo Chinaglia (PT) contra Eduardo Cunha (PMDB).
Delgado negou o que Chinaglia tem dito, de que um ou outro teria apoio mútuo em caso de segundo turno contra o favorito Cunha. “Eu só tenho um acordo e meu acordo com é com PSB, PPS, PV e PSDB, reafirmado nessa semana, nos encontros com as direções nacionais desses partidos”, disparou o socialista nesta quarta-feira 14.
O deputado mineiro disse que não trabalha com a possibilidade de não chegar ao segundo turno das eleições para a presidência da Câmara, marcada para o dia 1º de fevereiro.
“Nós vamos chegar ao segundo turno e, aí sim, vamos falar em apoios. Se o Arlindo diz que nos apoiará, o apoio dele será bem-vindo. Na hora, eu não vou me importar se o apoio é da Maria do Rosário (PT-RS) ou do Jair Bolsonaro (PP-RJ). Eu quero os dois”, disse Júlio Delgado.
Júlio Delgado, que conta com o apoio do PSDB, tenta construir uma candidatura de “terceira via” diante da polarização criada pelas candidaturas de Eduardo Cunha, vista com desconfiança pelo Palácio do Planalto, e de Arlindo Chinaglia, tido como o candidato do governo.