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DEM descarta Fraga no Buriti e aposta em nomes de fora

Foto/Arquivo Notibras

O cenário da sucessão em Brasília e pesquisas analisadas por cientistas políticos a pedido do DEM revelam que o partido já não conta mais com uma eventual vitória do seu candidato, Alberto Fraga, ao Palácio do Buriti. A cúpula da legenda está decidida a investir em outras unidades da Federação – a exemplo de Goiás, Rio de Janeiro e Mato Grosso – onde o caminho do sucesso está mais pavimentado.

Se as contas dos democratas estiverem certas, o DEM deve vencer a disputa com Ronaldo Caiado (GO), Eduardo Paes (RJ) e Mauro Mendes (MT). Esses Estados têm uma população que se aproxima da casa dos 27 milhões. Com essas supostas vitórias, ACM Neto (prefeito de Salvador e presidente do partido) e Rodrigo Maia (presidente da Câmara) podem despontar no futuro como candidatos em potencial ao Palácio do Planalto.

Notícias que chegaram à direção do DEM sugerem que o partido se fortaleceu durante o governo de Michel Temer. E se cacifou, consequentemente, para chegar às urnas com força em algumas regiões. A análise da cientista política Vera Chaia é uma injeção de ânimo: “O DEM ganhou muito no governo Temer, atuando em ministérios, no Congresso. Se fortaleceu depois de um tempo atuando de forma inexpressiva”, diz a professora da PUC-SP. Segundo Chaia, a relação do partido com o agronegócio também explica esse desempenho.

Um exemplo da influência do agronegócio com o DEM é Ronaldo Caiado. Ele lidera em Goiás com 47%, devendo vencer a disputa no primeiro turno. “A gente vem se preparando para isso (vitórias em três Estados)”, afirma por sua vez o presidente ACM Neto. Ele evita citar o nome de Fraga, em Brasília, mas lembra que o parido expulsou de seu grupo políticos envolvidos com corrupção.

É o caso do ex-governador José Roberto Arruda (hoje no PR), a quem Fraga aliou-se para tentar chegar ao Buriti. Na cúpula do Democratas a voz corrente é a de que sujeira contamina. E que Fraga ‘pecou’ (coisa de Diabo alheio), ao confundir respeito ao povo com respeito à moralidade e à coisa pública.

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