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Dengue volta a assustar com crescimento de 500%, ou 13 mil 500 casos no primeiro semestre

A dengue volta a preocupar a população do Rio. Na capital fluminense, entre janeiro e julho, 13,5 mil pessoas foram diagnosticas com dengue, o que representa um aumento de mais de 500% em relação a todo o ano passado, com 2.649 casos dignosticados. O ano passado também foi o ano com menor número de casos registrados da doença desde 2006, com 1861 casos. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.

Já número de casos com suspeita da doença em todo o estado aumentou 655% em relação aos dados de todo o ano passado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.. Enquanto em 2014, em todo o ano, foram registrados 7.819 suspeitas, neste ano o registro é de 51.215 casos suspeitos. Apesar do aumento vertiginoso, nenhum município registra epidemia da doença. Até o momento, 13 pessoas morreram em todo o estado por causa da doença.

A Secretaria de Estado de Saúde informou que tem tomado uma série ações de prevenção para reduzir os impactos causados pela dengue. A secretaria capacitou médicos e enfermeiros de hospitais estaduais, federais, particulares e de Unidades de Pronto-Atendimento de todo o estado, para padronizar o atendimento a pacientes com a doença. Além disso, também foram treinados profissionais de saúde das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e da polícia.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde indicou que as ações de combate aos criadouros do mosquito são feitas durante todo o ano, mesmo nos meses de baixa incidência da dengue. “Este ano já foram realizadas 5 milhões visitas de inspeções a imóveis, para busca de possíveis focos do Aedes Aegypti, eliminando mais de 550 mil depósitos. Durante todo o ano passado, foram 8,4 milhões de visitas de inspeções e mais de 1 milhão de depósitos eliminados”, informou a secretaria.

A Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde (CVAS), responsável pelas ações de busca e eliminação dos focos do mosquito, conta com cerca de 2,5 mil agentes de vigilância ambiental em saúde, que fazem visitas regulares a todos os imóveis, independente de reclamações ou denúncias.

A secretaria informou que é necessária o apoio da população no combate ao vetor da doença. Segundo a secretaria, a melhor forma de colaborar para o controle do mosquito transmissor é através da eliminação dos depósitos de água dentro das casas e quintais, além de denunciar possíveis focos através do número 1746 da prefeitura. “Somente este ano, os agentes de vigilância ambiental em saúde já atenderam a 94,5% das solicitações sobre dengue feitas à central telefônica da prefeitura.”

O infectologista Edmilson Migowisk concorda com a posição de que é preciso mobilização da população no combate ao vetor da doença. “Não adianta nada aumentar os esforços se a população não se empenhar em combater o vetor. Esse é o alerta que deve ser dado.”

Para ele, os números são preocupantes, mas em relação a série histórica demonstram uma redução. Em 2013, por exemplo, foram 217.977 casos em todo o estado. “A gente não pode descartar a possibilidade de novas epidemias porque elas costumam aparecer a cada três ou quatro anos, com a renovação do vírus entre a população. Deve-se tomar um cuidado especial com as crianças, que são mais vulneráveis ao vírus.”

A secretaria estadual de Saúde tem diversos programas para reduzir o número de casos e as consequências da doença. Uma ferramenta de conscientização é a campanha “10 Minutos Contra a Dengue” que alerta para a necessidade de todos se engajarem no combate ao foco do mosquito Aedes aegypti. De acordo com a secretaria, o objetivo é estimular a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.

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