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Depoimento de Bolsonaro no caso Moro é adiado

Alívio no Palácio do Planalto: o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou nesta quinta, 17, que levará ao plenário da corte o recurso do presidente Jair Bolsonaro para evitar o depoimento presencial no inquérito sobre suposta interferência na Polícia Federal.

Com isso, a oitiva, marcada para a próxima semana, será adiada. A manifestação de Marco Aurélio se deu menos de 24 horas após a Advocacia-Geral da União entrar com recurso contra o depoimento presencial.

“Como não sou adepto da autofagia não vou apreciar o ato do meu colega”, disse o ministro à Reuters. “Como ombreamos, não ficamos naquela luta de gato e rato e levamos a questão ao pleno.”

Pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para que o presidente pudesse optar por depor por escrito no inquérito foi negado pelo relator do caso no Supremo, ministro Celso de Mello. No entanto, ele está em licença médica e impedido de decidir sobre o recurso.

Segundo a assessoria do STF, a responsabilidade recai sobre Marco Aurélio, por ser o segundo mais antigo, depois de Celso. O ministro disse ainda que terá, então, que congelar o processo e suspender as datas do depoimento até que o plenário aprecie o recurso.

“Para levar a questão ao pleno, para que não haja perda de objeto do recurso do presidente, eu terei que congelar tudo, colocar tudo em stand by, para que se aguarde o crivo do plenário, já que a Polícia Federal designou os dias 21, 22 e 23 para ouvir o presidente”, explicou.

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