O projeto de lei que prevê a volta da comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol do Rio de Janeiro teve sua votação adiada nesta terça-feira pela Assembleia Legislativa do estado (Alerj). O documento recebeu mais sete emendas parlamentares e acabou sendo retirado de pauta, voltando para ser decidida definitivamente nesta quarta-feira.
Um dos autores do PL 799/15, o deputado Luiz Martins (PDT) manteve o otimismo em relação à votação da lei, e explicou a natureza das emendas colocadas dentro do projeto.
“As emendas basicamente liberam o consumo de cerveja nas arquibancadas, retiram o período de limitação de venda – medidas previstas no texto original -, e determinam a veiculação, ao menos quatro vezes, de mensagens educativas sobre o consumo responsável de álcool nos telões do estádio”, esclareceu o parlamentar.
O deputado Wanderson Nogueira (PSB), companheiro de Luiz Martins entre os idealizadores do projeto ao lado de Geraldo Pudim (PR), lembrou que a cerveja é liberada em grandes centros do futebol mundial, como na Alemanha e na Inglaterra. Além disso, o parlamentar vê a venda da bebida como uma forma de aumentar o lucro dos clubes.
“É preciso colocar o Brasil nos padrões internacionais. Países como Alemanha e Inglaterra permitem e não enfrentam problemas. O projeto ainda vai ajudar os clubes nas suas receitas”, declarou Nogueira.
O Maracanã, principal palco do futebol do Rio, teve a experiência da venda de bebidas alcoólicas durante a Copa do Mundo de 2014. A presença da bebida é, inclusive, uma determinação da entidade máxima do futebol, que tem como um de seus principais patrocinadores uma marca de cerveja.