Marta Nobre, Edição
Com a vitória em 12 das 18 capitais onde disputava o segundo turno, os partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff e hoje formam a base do governo de Michel Temer conquistaram a maioria das prefeituras neste segundo turno.
O PSDB, legenda que mais cresceu nas eleições deste ano, também foi o que mais vitórias conquistou, levando cinco das oito capitais em que disputava.
Destaque para Porto Alegre, onde a sigla terá o comando da prefeitura pela primeira vez. Apesar do sucesso numérico, o partido perdeu em Belo Horizonte, quarto maior colégio eleitoral do País e crucial para os planos do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de viabilizar seu nome para a disputa presidencial de 2018.
O PMDB venceu metade das seis em que estava na disputa. Em Florianópolis, a vitória do peemedebista Gean Loureiro sobre Ângela Amin (PP) foi por pouco mais de mil votos. Também levou em Goiânia, com Iris Rezende, e Cuiabá, com Emanuel Pinheiro.
As outras vitórias vieram de partidos menores que também fazem parte da base aliada, como o PRB, que venceu no Rio, o PSD, eleito em Campo Grande (MS), e PPS, que administrará a capital capixaba, Vitória.
Dos partidos hoje na oposição, o PDT venceu nas duas em que estava no páreo. Em Fortaleza, o prefeito Roberto Cláudio foi reeleito com 53,57% dos votos válidos. Sua vitória fortalece os planos nacionais do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também pré-candidato ao Planalto.
O partido também conquistou a capital maranhense, onde o atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior foi reeleito após desbancar o deputado estadual Eduardo Braide (PMN). O pedetista teve o apoio do PCdoB, do governador maranhense Flávio Dino. O PCdoB venceu em Aracaju, com Edvaldo Nogueira.
O PT, que disputava apenas Recife neste segundo turno, teve mais um revés com a reeleição de Geraldo Julio (PSB). Ele superou o ex-prefeito João Paulo na disputa.