Na lutuosa história, o passado se sobrepõe,
O Brasil, terra vasta, de cores e vidas,
Mas sob o manto da colonização, surgiram feridas,
A opressão, o silenciamento, a dor que não se dispõe;
Colonialidade, sombra que persiste,
Nas veias do país, como um veneno ardente,
Aprofunda desigualdades, racismo latente,
E o grito dos oprimidos, o vento não assiste;
Na dança das culturas, o samba e o candomblé,
Resistem, teimam, desafiam a opressão,
Mas a modernidade conservadora,
O falso arranjo, ainda perpetua a omissão;
Descolonizar é urgência, é romper os grilhões,
Reconhecer a força dos povos, suas memórias,
É recontar a história, sem véus, sem ilusórias,
É dar voz aos silenciados, ser contra as repressões;
Assim, na luta constante, erguemos a bandeira,
Contra a colonialidade, o racismo, a dor,
Pois só na emancipação, no amor,
O Brasil será livre, não apenas de brincadeira.