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Desempregado também vota; mas é melhor se estiver empregado

Foto: Carlos Gandra/Divulgação

De olho nos votos de empregados terceirizados demitidos das áreas da Educação e da Saúde, o deputado Chico Vigilante (PT) propôs nesta terça-feira (26), que a Câmara Legislativa não vote projetos encaminhados pelo Palácio do Buriti até que a situação seja resolvida. “Temos que trancar a pauta para as proposições do GDF”, sugeriu o parlamentar, sendo apoiado por vários colegas.

Vigilante chamou a atenção para a presença, na galeria do plenário, de representantes dos trabalhadores demitidos. “Os que ficaram estão sendo submetidos a uma jornada desumana de 65 horas semanais”, acusou. Segundo expôs, nas unidades de saúde, onde havia quatro trabalhadores, agora trabalha apenas um. E onde atuavam sete, sobraram dois. “Uma pessoa sozinha tem de cuidar da limpeza de uma área de 600 metros quadrados”, exemplificou.

O primeiro a se posicionar ao lado do parlamentar petista foi o deputado Bispo Renato Andrade (PR). “É inadmissível que, mais uma vez, o secretário de Saúde se volte contra os trabalhadores”, afirmou. O distrital culpou o governador pela situação: “Numa época de crise não se pode fazer política a custa do desemprego”. Em seguida Wellington Luiz (MDB) se solidarizou com os demitidos. “O governo nos surpreendeu novamente de forma covarde”, declarou.

Claudio Abrantes (PDT) também se uniu às críticas ao governo, mas defendeu a votação de uma única proposição de autoria do GDF. Trata-se do projeto que cria cargos na administração pública, que permitirá a nomeação de agentes penitenciários aprovados em concurso público. “Em atenção aos concursados que se encontram na galeria, votaremos a matéria e, depois, apenas proposições de deputados”, sugeriu.

No final, valeu o bom senso. E as vagas dos agentes penitenciários (cerca de 1 mil 400) form garantidas com a aprovação da matéria.

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