O fantasma do desemprego ganhou forma e mandou para a rua mais de 13 milhões 100 mil trabalhadores. Isso corresponde a 13,8% da população economicamente ativa. É o maior índice desde o início da série histórica, iniciada em 2012. O quadro de desalento é consequência da pandemia do novo coronavírus, que provocou o fechamento de 7 milhões de postos de trabalho em apenas três meses.
Os dados foram apresentados nesta terça, 30, pelo IBGE, a partir de levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua). O índice corresponde a um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (12,6%), e de 2 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2019 (11,8%).
Segundo a pesquisa, em termos de número de desempregados, o contingente de 13,13 milhões no trimestre encerrado em julho é o maior desde abril do ano passado, quando os desocupados somavam 13,17 milhões. O recorde histórico foi registrado em março de 2017 (14,1 milhões).
A população ocupada encolheu 8,1% em 3 meses, recuando para 82 milhões, o menor contingente da série. O número representa uma redução de 7,2 milhões pessoas em relação ao último trimestre pré-pandemia e de 11,6 milhões na comparação anual.
Na comparação com janeiro, quando o país atingiu o recorde de pessoas ocupadas no mercado de trabalho, houve uma perda de 12,1 milhões de postos de trabalho. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) também caiu para o patamar mais baixo da série, para 47,1%.