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Desmatamento na Amazônia ganha impulso e alertas chegam a 69% em um ano

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Duas semanas depois de o governo federal anunciar que o desmatamento na Amazônia em 2014 foi o segundo menor da história, um novo levantamento trouxe um indicativo de que a taxa oficial pode não se portar tão bem neste ano.

O número de alertas de alteração da cobertura vegetal na Amazônia entre agosto do ano passado e julho deste ano subiu 68,7% na comparação com o período de agosto de 2013 a julho de 2014, de acordo com dados divulgados nessa segunda, 31, pelo Deter, monitoramento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O levantamento registrou corte raso e degradação em uma área de 5.121,92 km² de floresta no ano que passou, contra 3.035,93 km² no ano anterior. É o número mais alto dos últimos seis anos e equivale a 3,5 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Apesar de ágil para observar em tempo real o que está acontecendo e enviar alertas para a fiscalização, o Deter é impreciso. Desse modo, ele não serve para fornecer o número oficial de perda da cobertura florestal, mas dá uma boa pista de como ele pode se comportar.

O valor final da perda é fornecido por outro sistema do Inpe, o Prodes, e costuma ser divulgado em novembro, sendo confirmado no meio do ano seguinte.

É esse o número oficial do desmatamento e foi o que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou há duas semanas. O último dado do Prodes apontou que o desmatamento de agosto de 2013 a julho de 2014 foi o segundo menor da história – 5.012 km².

Se a tendência do Deter se confirmar, o Prodes poderá também trazer um aumento. Somente duas vezes desde que o monitoramento começou a ser feito Deter e Prodes seguiram trajetórias diferentes. Uma delas foi justamente no ano passado. Os alertas mostravam alta, mas o número final foi de baixa.

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