O Dia do Professor e o caso de racismo envolvendo a ex-secretária de Igualdade Racial, Josefina Serra dos Santos, foram destacados na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta quarta-feira (15). Vários deputados distritais ocuparam a tribuna e abordaram os temas em seus pronunciamentos.
A deputada Celina Leão (PDT) lamentou que a situação da educação pública no DF e pediu que o Dia do Professor fosse usado para uma reflexão sobre a questão. Celina destacou ainda o prêmio Nobel da Paz concedido na semana passada para a paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, por sua luta pelo direito à educação, especialmente das meninas. “Apesar da pouca idade, Malala é um ser humano muito especial”, ressaltou.
Já a deputada Arlete Sampaio (PT) prestou uma homenagem a todos os educadores do Brasil e da capital. “A atividade de professor é uma das missões mais honrosas. Precisamos avançar cada vez mais na melhoria da qualidade da educação e na valorização dos professores”, completou.
O deputado Prof. Israel Batista (PV) destacou a importância da data e elogiou a decisão de um juiz de Sergipe que julgou improcedente o pedido de indenização da família de um aluno contra um professor. Segundo o distrital, a família exigia indenização por danos morais porque o professor retirou o aparelho celular do aluno durante uma aula. Além de negar o pedido, o juiz em sua decisão enalteceu a importância do professor e o seu papel na formação dos futuros cidadãos. “Foi uma decisão importante, mas que ainda demonstra que a sociedade não entende o espaço social do professor”.
Joe Valle (PDT) ressaltou seu respeito e admiração aos professores e reiterou seu compromisso em trabalhar para a busca de soluções para os problemas da educação.
O outro tema tratado pelos deputados distritais foi a denúncia apresentada pela ex-secretária de Igualdade Racial, Josefina Serra dos Santos, segundo a qual foi vítima de racismo praticado por policiais militares no último final de semana. A deputada Celina Leão repudiou o comportamento dos policiais, que classificou de inaceitável.
Na opinião da deputada Arlete Sampaio, o caso é um episódio claro de racismo e exige providência do comando da PMDF. Ela informou que apresentará uma moção cobrando a apuração e providências da corporação. “A ex-secretária foi vítima de uma agressão de policiais despreparados e desqualificados para atuar numa segurança cidadã”, finalizou.
Luís Cláudio Alves