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Discussão sobre candidato do PTC em Alagoas vai parar na delegacia

Uma reunião que definiria os rumos da campanha do candidato ao governo de Alagoas pelo PTC, Joathas Albuquerque, terminou na delegacia. Candidato a deputado estadual, Carlos Alberto da Silva Albuquerque deveria ter convocado o partido para informar que o PTC teria candidato ao governo.

A manifestação seria feita após o postulante ao Senado (e presidente estadual do PTC), Elias Barros, informar à imprensa da não disposição do partido de lançar candidatura para a chefia do Executivo por questões financeiras. Horas depois, Joathas procurou os meios de comunicação para desmentir Barros e informar que continuaria na disputa.

No dia 23, às 19h29, o candidato ao governo ligou para Carlos Alberto para que ele definisse os detalhes da reunião: “Já avisou o pessoal sobre a reunião amanhã?”, perguntou Joathas, segundo o Boletim de Ocorrência lavrado no dia 30 de julho na Central Integrada de Polícia, no centro da capital alagoana.

“Sim, já avisei a maioria, faltam apenas três”, diz o candidato ao deputado, no BO. “Olha seu f… se você estiver conspirando contra mim, eu te mato, acabo com você”, teria respondido Joathas. A conversa foi gravada, segundo informa o documento. O caso foi denunciado como ameaça.

Carlos Alberto procurou a direção da legenda que protocolou pedido de expulsão de Joathas por violar “dispositivo do Estatuto do Partido Trabalhista Cristão, que prega a Paz, o Amor, a Fraternidade, uma pátria livre e o Estado Democrático de Direito”.

O Terra encaminhou mensagem aos dois celulares de Joathas e sua assessoria para repercutir o assunto, mas não recebeu resposta. Elias Barros também não foi encontrado e encaminhou o BO e o pedido de expulsão do candidato por email.

No dia 29, ambos foram entrevistados pela imprensa local. Joathas disse que a falta de dinheiro para a campanha “estava resolvida”: “Já disse que está tudo resolvido. A gráfica está resolvida e toda a campanha também. Agora quem quiser dinheiro, quem quiser ajuda, seja candidato a deputado ou senador terá de mostrar serviço, terá de cumprir metas. Só vou ajudar quem mostrar trabalho”, disse.

Também à imprensa local, Elias Barros disse que procuraria a Justiça porque Joathas havia “surtado”: “Ele fez várias reuniões e demonstrou que não está preparado para a campanha. Temos várias gravações mostrando que ele fez promessas, inclusive financeiras, que não estão sendo cumpridas.”

O PTC é formado por simpatizantes e filiados da Frente de Oposição, do deputado federal Renan Filho (PMDB/AL), que disputa o governo.

Nas redes sociais e nas ruas, a campanha alagoana está polarizada entre Renan Filho e o senador Benedito de Lira (PP). O procurador de Justiça, Eduardo Tavares (PSDB), desistiu de disputar a vaga ao Palácio República dos Palmares. O candidato ao Senado, Eduardo Magalhães (PSDB), também anunciou desistência, mas sem formalizar o pedido na Justiça. O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) procura um nome para a disputa ao governo. Ao Senado, Thereza Collor é cotada. Se topar, ela vai às urnas contra seu ex-cunhado, o senador Fernando Collor (PTB). A vereadora Heloísa Helena (PSOL) também é candidata.

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