‘Dilma, Dilma bandida…. Tu vai cair, sua porra’. É Lobão, em novo show
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emO cantor Lobão já foi daqueles petistas de usar carteirinha. Mas com o tempo, decidiu jogar a estrela que carregava no peito na privada. Foi no tempo das descobertas de corrupção, em que o artista teve seu nome numa lista negra do PT.
A partir da mudança de lado, Lobão virou no meio artístico ícone da oposição. Essa nova postura ele apresenta no show ‘Lobão sem filtro’, que teve estreia no sábado 11 em São Paulo, e que pretende percorrer todo o País.
Para um público fiel, ele fez versões anti-PT de dois de seus maiores sucessos. E o povo cantou junto “Vida Bandida” e “Blá Blá Blá… Eu te Amo (Rádio Blá)”.
O público, que antes gritava em coro “Dilma, vai tomar no c…”, se empolgou com a versão do êxito de 1987 convertido em “Dilma Bandida”. Ao final da versão, o cantor ainda fez uma convocação para o próximo protesto contra o governo de Dilma Rousseff, marcado para o dia 16 de agosto.
Durante o show, ele chamou o Partido dos Trabalhadores de “cafona”, “engano”, “mentira”, “bunda mole” e “paumolenga”.
Lobão mostrou canções novas, sendo duas delas de protesto contra os últimos governos do PT. Tocando uma viola caipira, ele interpretou “A Marcha dos Infames”, música que escreveu após saber que estaria em uma suposta “lista negra do PT”.
“Tanto martírio em vão/Estupro da nação/Até quando esse sonho ruim/Esse pesadelo sem fim?” é um dos versos da faixa que deve integrar o álbum “O Rigor e a Misericórdia”, a ser lançado no final do ano. Para abrir a apresentação , tocou “Os Vulneráveis”, que fala de “rebanhos” e “donos do poder”.
Petista confesso durante boa parte de sua carreira, Lobão se converteu em um dos principais rostos da oposição nos últimos tempos, participando de manifestações, escrevendo artigos e dando entrevista contrárias às gestões de Lula e Dilma.
No bis, o cantor carioca se empolgou ainda mais nos ataques. “Nós precisamos tirar o PT do poder. Nós precisamos colocar o Lula na cadeia. E a Dilma tem que cair”, discursou para o aplauso dos presentes.