A presidente Dilma Rousseff disparou sua artilharia contra o que ela considera ‘elite do Pa[ís’, que, segundo disse, não quer o fim das desigualdades. A afirmação foi feita no evento “Diálogo com Movimentos Sociais”, nesta quinta-feira, 13, em Brasília.
“No passado foi possível fazer o País para menos da metade (da população), para um terço hoje é inadmissível”, disse. “Quem sempre teve dificuldade de compreender as diferenças foram as elites do nosso País”, completou.
Dilma afirmou que a sociedade brasileira é complexa, formada por varias etnias e que passou por uma profunda transformação nos últimos anos. “Nós modificamos, sim, a cara do Nordeste desse País. Modificamos a relação que o Estado tem com a parte mais pobre da sua sociedade e o grande mérito dos últimos anos foi reconhecer a legitimidade de fazer política aos que mais precisam”, afirmou.
A presidente reafirmou ainda que irá lançar o Minha Casa Minha Vida 3 e admitiu dificuldade da construção de imóveis em capitais por conta do terreno caro. Dilma refutou boatos de que o governo irá fechar o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e que irá privatizar a Caixa.
Dilma defendeu ainda o uso dos royalties do Pré-Sal para a Educação, apesar das negociações no Congresso para mudar o destino dos recursos.”Ninguém pensou em fechar o MDA. Nunca pensaram em privatizar a Caixa”, disse. “Enquanto eu for presidente vou lutar até a minha última força para manter a lei de partilha”, completou a presidente, lembrando que coordenou a legislação que destina recursos para a educação.
“As baixinhas, bonitas e bravas da UNE (União Nacional dos Estudantes) deram grande contribuição ao País para defender que os royalties e o fundo social sejam destinados à educação. O destino de royalties e o fundo social à educação é fundamental”, completou.