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Morte de Santiago causa revolta; Dilma oferece apoio da PF

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta segunda-feira (10) que a Polícia Federal apoie as investigações sobre a morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade. Atingido por um rojão em uma manifestação no Rio de Janeiro na quinta-feira (6), Andrade teve morte cerebral constatada nesta segunda-feira.

“Determinei à PF que apoie, no que for necessário, as investigações para a aplicação da punição cabível”, afirmou a presidente em mensagem publicada em sua conta no Twitter.
A presidente também disse que a morte do cinegrafista “revolta e entristece” e criticou a violência em manifestações.

“Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas. A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado”, escreveu.

Na sexta-feira (7), um dia após o cinegrafista ter sido atingido pelo rojão, a presidente também havia usado sua conta no Twitter para comentar o episódio. Na ocasião, ela expressou sua solidariedade a Andrade.

Mais repercussão

O vice-presidente da República, Michel Temer, também usou o Twitter para lamentar a morte do cinegrafista. “Lamento muito o falecimento do cinegrafista Santiago Andrade da TV Band. Que sua família e amigos encontrem conforto neste momento de dor”, postou na rede social.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também se manifestou e lamentou a morte do cinegrafista. Em nota, ele afirmou que todo tipo de violência é inaceitável e não deve ser tolerado. Para ele, “a sociedade deve refletir sobre os limites entre o direito de manifestação e os excessos que resultam em vandalismo e violência”.

O governador do estado, Sergio Cabral, disse que o direito de manifestação é fundamental para a democracia, mas a violência é inaceitável.

Morte cerebral

O cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido na cabeça por um rojão quando registrava o confronto entre manifestantes e policiais durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus, no Centro do Rio. Nesta segunda, ele teve constatada a morte cerebral.

Andrade sofreu afundamento do crânio e foi submetido a uma cirurgia após ser levado para o Hospital Souza Aguiar. Desde então, estava em coma induzido no Centro de Terapia Intensiva da unidade.
A explosão foi registrada por fotógrafos, cinegrafistas e câmeras de vigilância instaladas nas proximidades da Central do Brasil.

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