A terça-feira 10 da presidente Dilma Rousseff começou com uma vaia maciça, na abertura do Salão Internacional da Construção Civil (Feicon), no Cento de Convenções do Anhembi, em São Paulo. O coro ‘Fora Dilma’ foi ouvido antes mesmo de a presidente começar a falar.
Entre as pessoas que vaiaram estavam o marceneiro Paulo Sérgio da Silva, 34 anos, natural da Paraíba e o serralheiro Marcos Sena, 34 anos. “Graças a Deus não votei nela (Dilma) e não recebo Bolsa Família, nem eu nem ninguém da minha família, a gente não é vagabundo. Essa mulher tem que sair”, defendeu Paulo Sérgio.
Indagado se tinha conhecimento de quem assumiria a presidência em caso de um eventual impeachment, o marceneiro não titubeou: “o segundo lugar na eleição, né?”.
Nisso, Sena o corrigiu. “Não. É o vice, Michel Temer. Não estou gostando do PT há tempos, nosso setor tem tido perdas atrás de perdas”, completou.
Já a consultora de vendas Patrícia Jablkowicz, 39 anos, resumiu: “sou contra tudo o que está acontecendo; quero derrubem ela”.
Após as vaias, a área reservada aos profissionais de imagem da imprensa foi afastada do local onde estavam os trabalhadores. Na sequência, Dilma seguiu para a abertura da solenidade da feira em outro pavilhão do Anhembi.