Dilma entrega brincos, anéis, dedos e até governo para o comando do PMDB
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A presidente Dilma Rousseff, pressionada pela crise em que o Brasil está atolado, optou por uma renúncia branca para tentar a travessia do seu governo, até 2018. Criar condições para levar o país a um porto seguro.
Aconselhada pelo seu guia, o ex-presidente Lula, Dilma entregou ao PMDB seus anéis, dedos e até brincos. Foram sete ministérios, entre eles as poderosas pastas da Saúde, Minas e Energia e Agricultura. E com as porteiras fechadas.
Na visão do Palácio do Planalto e do ex-presidente Lula, sem o apoio dos peemedebistas, Dilma jamais conseguiria barrar o pedido de seu impeachment, e não conseguiria aprovar a recriação da CPMF e o pacote de maldades idealizado para o ajuste das contas públicas. Sem essas medidas, o governo ficaria inviabilizado até o fim desse ano.
Pergunta-se: “Essas medidas anti-crise serão suficientes para alcançar tal objetivo?”. Para a oposição, não. Elas demoraram a chegar. E o governo não cortou na própria carne como seria necessário.
Analistas políticos e de economia também se mostram céticos quanto ao avanço de tais medidas. Foram consideradas pífias. Não estão à altura da gravidade da crise brasileira. No próprio PMDB, um grupo de 22 deputados, um terço da bancada, manifestou-se contra o acordo do partido com o governo.
Para o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi mais um furo na água do governo: “A CPMF, que mais o governo quer não será aprovada”- detonou Cunha. Com tantas incertezas, aos brasileiros só resta ajoelharem, levantarem as mãos para o céu, e rezarem.
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