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Guerra do arrocho faz Dilma fechar ministérios e reduzir salários da equipe em 10%

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Acabou o mistério: a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (2) a reforma ministerial. A medida do Planalto é vista como uma resposta à crise política e fiscal do governo. Oito ministérios foram extintos e houve redução de 10% no salário dos ministros.

A reforma ampliou o espaço do PMDB, de seis para sete ministérios, e contemplou ainda o PDT com o Ministério das Comunicações. O objetivo é assegurar apoio ao governo no Congresso em meio à discussão sobre um eventual impeachment da presidente e à votação do ajuste fiscal.

O que fecha, quem entra, quem sai

*Ministérios da Previdência Social será fundido ao Ministério do Trabalho
*Ministério da Pesca e Aquicultura será extinto e absorvido pela Agricultura
*Secretaria de Política para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria de Direitos Humanos foram extintas e fundidas para criar o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
*Secretaria Geral da Presidência e a Secretaria de Relações Institucionais: fundidas na Secretaria de Governo
*Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança da presidente, perderá o status de ministério e será transformado em gabinete militar
*Secretaria de Assuntos Estratégicos foi extinta. Ela era comandada pelo ministro Mangabeira Unger e formulou o programa Pátria Educadora, mote da atual gestão
*Secretaria da Micro e Pequena Empresa será absorvida pela Secretaria de Governo

Redução de gastos

Além da redução de ministérios, Dilma anunciou novas medidas de redução de gastos no governo. A principal delas é o corte no salário dos ministros, cuja remuneração atual é de R$ 30,9 mil.

*Criação da comissão permanente de reforma do Estado
*Corte de 30 secretarias nacionais em ministérios
*Redução em 20% com gastos de custeio e contratação de serviços
*Limite de gastos com telefone, passagens e diária
*Metas de eficiência no uso de energia elétrica e água
*Corte de 10% na remuneração dos ministros
*Revisão de todos os contratos de aluguel, segurança e administrativos
*Venda de imóveis da União não utilizados para políticas públicas
*Corte de 3.000 cargos em comissão

Sob nova direção

Por fim, Dilma anunciou mudanças no comando em pastas já existentes.

*Ministério da Saúde: sai Arthur Chioro (PT-SP), entra o deputado federal Marcelo Castro (PMBD-PI)
*Ministério da Ciência e Tecnologia: sai Aldo Rebelo (PC do B-SP) e entra o deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ)
*Secretaria de Portos: sai Edinho Araújo (PMDB-SP) e entra Helder Barbalho (PMDB-PA). Barbalho era titular da Pesca, que será extinta
*Ministério da Defesa: sai Jaques Wagner (PT-BA) e entra Ricardo Berzoini (PT-SP)
*Ministério da Educação: sai Renato Janine e entra Aloizio Mercadante (PT-SP), atualmente na Casa Civil

Da Redação com Agências

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