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Dilma manda Advocacia Geral recorrer ao STF para paralisar o impeachment na Câmara

Bartô Granja

A presidente Dilma Rousseff determinou à Advocacia-Geral da União que recorresse ao Supremo Tribunal Federal para suspender o processo de impeachment. O titular da AGU, ministro José Eduardo Cardozo, acatou a ordem e impetrou um mandato de segurança.

Os meios políticos consideram uma ação temerária, por acontecer às vésperas da votação do processo, que se iniciará nesta sexta, 15. “Estão brincando com fogo; querem ver o País pegar fogo”, advertiu um ex-vice-líder da base aliada, que decidiu votar a favor do afastamento da presidente.

Nos últimos dias, o Planalto e Cardozo questionaram a fragilidade e a legalidade do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impeachment, apresentado na comissão da Câmara. Chegaram a falar que o documento seria a melhor defesa para Dilma no processo.

Na peça encaminhada ao Supremo, que terá a relatoria do ministro Edson Fachin, o Planalto alega que a defesa da presidente foi cerceada. “Diversos atos praticados pela Câmara dos Deputados revelaram frontais agressões às garantias devidas aos acusados em qualquer âmbito de apuração, causando concretos e inaceitáveis prejuízos à participação e defesa do impetrante”, argumenta José Eduardo Cardozo.

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