Carla Araújo e Isadora Peron
A presidente Dilma Rousseff fez “duas rodadas” de reuniões com governadores no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 8. No primeiro encontro, que terminou perto das 18h, a presidente recebeu um grupo tido como aliado para desenhar uma estratégia de apoio dos governadores contra o processo de impeachment deflagrado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Esta primeira reunião começou a ser articulada pelos governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Participaram também Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal); Waldez Góes (Amapá); Suely Campos (Roraima); Raimundo Colombo (Santa Catarina) e Nazaré Lambert (Acre).
Também estiveram presentes os nove do Nordeste: Renan Filho (Alagoas); Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Ricardo Coutinho (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Robinson Faria (Rio Grande do Norte) e Jackson Barreto (SE) e a governadora em exercício do Piauí, Margarete Coelho. Esse mesmo grupo, incluindo Flávio Dino, foi recebido pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, em um almoço.
Apesar de a bancada do PSB da Câmara estar adotando uma postura pró-impeachment, os três governadores do partido – Rollemberg, Coutinho e Câmara – participaram da reunião de apoio a Dilma.
Após o encontro com governadores tidos como aliados, a presidente iniciou a segunda rodada com um grupo maior de governadores, incluindo o de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para tratar do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado no sábado, 5, no Recife. Além de tratar do surto que já atinge 16 Estados, Dilma espera também ampliar o leque de apoios contra o impeachment.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), não pôde vir ao encontro por conta do nascimento da filha.