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Dilma usa horário político na TV e destaca ação contra a corrupção

Preocupada com danos eleitorais causados pelas acusações de pagamento de propina a políticos aliados, a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) reagiu e dedicou praticamente todo o programa de TV desta tarde para defender ações adotadas pelos governos petistas no combate à corrupção.

A inserção no horário eleitoral gratuito ocorreu um dia antes do depoimento do ex-diretor da Petrobras e delator do suposto esquema montado na estatal, Paulo Roberto Costa, numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso. Foram usados os mesmos trechos exibidos na TV em 9 de setembro, três dias após a veiculação na imprensa das declarações de Paulo Roberto à Polícia Federal.

Dilma afirma que nunca se envolveu “em qualquer ação desonesta” e argumenta que desde a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva os órgãos de controle federais ganharam autonomia para investigar “doa a quem doer”. “Não há um único país no mundo em que não haja caso de corrupção. O que distingue os países é a disposição de cada um de combater a corrupção”, disse a presidente.

A petista também alega que seu governo “nunca varreu nada para debaixo do tapete” e enumerou medidas para apurar malfeitos tomadas desde a gestão de Lula: o status de ministério conferido à Controladoria-Geral da União (CGU), a criação do Portal da Transparência e a aprovação das leis da Ficha Lima e de Acesso à Informação.

O programa do PT também citou como conquista a Lei Anticorrupção e prometeu regulamentá-la em breve. Sancionada há mais de um ano, essa norma estabelece punições para empresas envolvidas em corrupção, mas ainda aguarda a edição do decreto de regulamentação.

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