Dilma usa tática da guerrilha e monta o próprio bunker no Palácio da Alvorada
Publicado
emHermano Leitão
Desde dezembro de 2015, data do recebimento pela Câmara dos Deputados da denúncia do impeachment formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Janaína Pascoal e Miguel Reale Júnior, Dilma Rousseff voltou às origens de participe de tática de guerrilha aos moldes da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, organização guerrilheira da extrema esquerda brasileira, para obstar a cassação de seu mandato presidencial maculado por crime de responsabilidade.
De fato, quanto mais o impeachment avança, mais atos de sabotagem eclodem do entorno dilmista.
Metralhadora – Em uso indevido da estrutura de Estado, Dilma girou sua metralhadora cuspideira contra as instituições da República, sobretudo contra o Congresso Nacional e contra o Judiciário, ao acusar de estarem a cometer o crime de golpe de estado para defenestrá-la do poder.
Ao arregimentar franjas do Partido dos Trabalhadores para claque de discursos incendiários, Dilma incitou a violência e deu voz a líderes dos chamados movimentos sociais para convocar a militância para guerra nas ruas, com o intuito de intimidar todos que defendessem a regularidade do processo de impeachment.
Como portador de factoide do golpismo, a máquina administrativa federal foi posta a serviço de uma narrativa ordinária e mentirosa até mesmo no outrora prestigiado Itamaraty, que se viu às voltas com a comunicação oficiosa emitida ao estrangeiro sobre a ocorrência de golpe no Brasil.
Em adição, de caneta na mão e Diário Oficial da União de veículo, a presidente obstou a Justiça mediante nomeação de ministros – dentre eles o ex-presidente Lula, que montou um bunker no hotel Golden Tulip de Brasília, para aliciar deputados a votarem contra o impeachment.
Assim, armou-se de instrumentos de defesa não republicana de seu mandato a expensas do contribuinte.
Bombas – Já sem perspectiva de se manter na presidência em razão do avanço do processo de impeachment que deve afastá-la no próximo dia 11 de maio, Dilma dispara centenas de atos oficiais no DOU para inviabilizar o virtual governo de Michel Temer.
A sabotagem tem como alvo o ponto fraco e nevrálgico do governo federal. Com uma dívida pública a beirar três trilhões de reais, Dilma detona o orçamento da União com aumentos expressivos de despesas e limitações de receitas. Do aumento de 9,0% no programa Bolsa Família ao reajuste da tabela de imposto de renda, a presidente faz proselitismo populista com a sanha de impor um acréscimo de 200 bilhões de reais a mais por mês na dívida pública.
O objetivo do “saco de bondades” dos últimos dias do governo Dilma é derrubar o próximo governo por meio do estou de bombas de retardo plantadas para causar a morte precoce do virtual presidente da República.
Bunker – Em continuidade dessa estratégia de sabotagem ao virtual governo Michel, Dilma pretende montar um bunker no Palácio da Alvorada durante o afastamento da presidência.
Quer dinheiro, moradia palaciana, avião, helicóptero, carros oficiais, assessores, seguranças e franquia de entrada no Alvorada de movimentos sociais, do Movimento Frente Brasil Popular, da Vanguarda Popular Revolucionária e dos parlamentares do Grupo Unidade (PT, PCdoB, PSOL e dissidentes do PDT).
No entanto, não será permitido um governo paralelo que já se intitula de revolucionário e que anuncia luta contra um golpe. É necessário que Dilma entenda de uma vez por todas o significado de Estado Democrático de Direito e o primado da Lei para todos.
Por partes, a saber. De acordo com a Lei nº 1.079/50, a presidente terá direito a 50% – em torno de 15 quinze mil reais dos seus vencimentos como verba alimentícia. Em igualdade com os ex-presidentes, pode ter no máximo seis assessores – quatro com salários de até R$ 8,5 mil e dois com salários de até R$ 11,2 mil. Além dos “Aspônios”, ela tem direito a mais dois motoristas com carros oficiais.
Em razão de não mais estar à serviço do País, Dilma não fará jus a avião, helicóptero e carro presidencial, porque, no afastamento, não terá função de representar o Brasil, tampouco exercício de presidente. Tudo será objeto de Projeto de Resolução editado pelo Senado e votado pelo plenário com decisão da maioria simples dos Senadores.
Subversão – A presidente também deve atentar que não é lícito nem legal organizar uma célula subversiva no Palácio da Alvorada, para atentar contra a democracia mediante ações do Movimento Frente Brasil Popular, da Vanguarda Popular Revolucionária e dos parlamentares do Grupo Unidade (PT, PCdoB, PSOL) em combate ao governo em exercício.
Tal como o Ministro Edson Fachin do STF expressou no voto para o afastamento de Eduardo Cunha, os atos de obstrução à Justiça e as manobras para minar o devido processo legal e, em última instância, a democracia são passíveis de prisão, cadeia, encarceramento, pena privativa de liberdade. E Dilma está sob investigação criminal requerida pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, por obstrução à Justiça; está processada no Tribunal Superior Eleitoral – TSE por crime de abuso de poder; e o impeachment em curso contra ela é por crime de responsabilidade fiscal.
Não há espaço para fomentar convulsão social por meio de discurso pretensamente revolucionário contra um golpe fantasmagórico. Isso não é narrativa política. É crime de atentado previsto na legislação brasileira.