Gabriela Oliveira, nascida Andrade do Lago Seabra, é uma dessas raridades que aparecem no céu literário brasileiro de tempos em tempos, mas com uma peculiaridade: ela não trafega pelas terras férteis da ficção, dos contos ou dos romances que tanto engrandecem nossa literatura. Gabriela prefere a aridez — ou talvez, a solidez — do “economês”. É nesta língua muitas vezes vista como fria e calculista, que ela constrói sua obra, mostrando que a economia pode, sim, ser falada com simplicidade, clareza e, por que não dizer, poesia.
Enquanto muitos se perdem em cálculos, juros compostos e planilhas intermináveis, Gabriela desenha com palavras a arte de viver com inteligência financeira. Sua proposta não é outra senão ensinar o brasileiro, de forma didática e acessível, a gastar o que tem sem deixar o saldo do banco entrar no vermelho. É quase como se ela fosse a tradutora das complexidades econômicas, tornando a linguagem tão real quanto a própria moeda que batiza: o Real.
Com habilidade de uma cronista contemporânea, Gabriela transforma conceitos áridos em conselhos práticos: o cafezinho diário pode ser repensado; o cartão de crédito, visto como uma ferramenta, não uma armadilha; e a caderneta de poupança, uma amiga de longo prazo, sempre à disposição para guardar o que sobra no fim do mês.
Gabriela vai aos poucos, assim, se tornando um nome indispensável na constelação de escritores brasileiros. Ela mostra que as histórias que contamos não precisam estar apenas nas páginas de um romance ou nas linhas de um conto; elas também podem ser escritas nas decisões financeiras do cotidiano, onde cada centavo é um personagem em busca de um final feliz.
Na terça, 10, em São Paulo, essa estrela de brilho intenso autografou na Bienal do Livro dezenas de exemplares da obra Finanças & Negócios, uma coletânea de artigos de outros próceres, como ela, do mercado financeiro. A iniciativa foi da Editora Chave Mestra. O objetivo é bastante pragmático: ensinar ao cidadão comum e a empresários de pequeno e grande portes a acelerar seu sucesso financeiro.
A noite ia alta quando o sucesso foi comemorado no Cruzeiro’s, um restaurante da capital paulista conhecido por recepcionar a classe média alta. Foram muitos brindes regados a um saboroso cabernet sauvignon. Idílico, como, acredita-se, venha a ser a carreira desta nova estrela, com ternura e delicadeza.