O advogado do PT Gustavo Severo protocolou neste sábado (5) o registro da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. O coordenador do programa de Dilma, Alessandro Teixeira, acompanhou Severo no TSE.
Na documentação entregue ao tribunal, o PT estimou em R$ 298 milhões o gasto máximo da campanha – o PSDB de Aécio Neves previu R$ 290 milhões e o PSB de Eduardo Campos, R$ 150 milhões.
A plataforma de governo da presidente Dilma, intitulada “Mais mudanças, mais futuro”, tem 40 páginas e aborda assuntos como os últimos 12 anos de governo do PT na Presidência da República, desenvolvimento econômico, melhorias na saúde, educação, segurança pública, aspectos relacionados à energia, à ciência e tecnologia, habitação e agricultura familiar.
Segundo explicou Alessandro Teixeira, coordenador do programa de governo do PT, a regulação da mídia, tema proposto nas diretrizes formuladas pelo partido, não foi incluída no programa de governo da presidente. Segundo ele, é uma questão que pode ser discutida “no futuro”.
O secretário-geral do partido, Geraldo Magela, afirmou após protocolar os documentos no TSE que a elaboração do programa contou com a participação das legendas que apoiam a reeleição de Dilma.
“Desde o início, nós deixamos claro que o PT, como coordenador da coligação, ofereceria contribuições, mas o programa de governo é um programa formulado em conjunto com os partidos e, naturalmente, sob a coordenação da nossa presidenta e candidata”, disse.
Motivo de embates entre governo e oposição e entre Executivo e Legislativo, os conselhos populares são citados no programa de governo da presidente Dilma como “não conflitantes” com as atribuições do Poder Legislativo. O governo defende a participação dos conselhos nas decisões do Executivo, mas parlamentares argumentam que os conselhos “invadem” as funções do Congresso Nacional.