Notibras

Direitos Humanos exige da Venezuela proteção contra fome

Jovens se juntam a gangues de rua para vasculhar o lixo no centro de Caracas. Foto: Meridith Kohut/The New York Times

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) exigiu ontem (1) do Estado venezuelano que “respeite e garanta” os direitos da população à alimentação e à saúde, e condenou a repressão violenta aos protestos.

“O Estado venezuelano deve redobrar esforços para garantir níveis essenciais para proteger sua população da fome” e o acesso ao atendimento sanitário, disse em um comunicado.

Também expressou sua inquietação por informes públicos da “negativa (das autoridades) a receber cooperação internacional para combater a crise econômica e social que atravessa” o país.

A CIDH destacou o “modo alarmante” em que estaria incrementado o desabastecimento de alimentos e de medicamentos na Venezuela.

Além disso, destacou “com extrema preocupação” denúncias sobre a distribuição desigual de comida por parte do governo, que favorece os seguidores do presidente Nicolás Maduro e discriminam os opositores.

Também lamentou as três mortes reportadas entre 31 de dezembro e 9 de janeiro, “devido ao enfrentamento e à violência entre pessoas tentando conseguir alimentos e pessoal de segurança”.

A CIDH e sua Relatoria Especial sobre Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (REDESCA) “expressam seu repúdio a todo tipo de violência ou abuso da força no âmbito das manifestações fruto deste contexto”, disse o texto.

O presidente da CIDH e Relator de País para a Venezuela, Francisco Eguiguren, advertiu que os aumentos de preços dos alimentos e dos medicamentos, somados aos altos índices de inflação “repercutem diretamente na segurança alimentar e na saúde da população”, afetando em particular os mais pobres.

Sair da versão mobile