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Dirigente sindical avalia que greves começam a esvaziar com propostas do governo

Com a proposta do governo do Distrito Federal de criar alternativas para o pagamento retroativo de reajustes, servidores podem voltar ao trabalho. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Distrito Federal (Sindser), André Luiz da Conceição.

“A tendência está sendo esta: volta ao trabalho. A gente entende que a proposta não é uma conquista, mas é um avanço. A greve está muito extensa”, disse. Diversas categorias estão paradas, como médicos e professores, porque o governo disse que não havia possibilidade, este ano, de pagar reajuste aos servidores por falta de recursos.

Em setembro, o governo do Distrito Federal anunciou um pacote de medidas para tentar equilibrar as contas, entre elas a suspensão do reajuste salarial de diversas categorias, previsto para este semestre. De acordo com o governo local, os aumentos representariam gasto extra de R$ 400 milhões até o fim de 2015.

Após conversa com sindicalistas, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho com a participação dos trabalhadores, para estudar alternativas de aumento de receitas que possibilitem o pagamento do retroativo referente à última parcela dos reajustes concedidos, na gestão passada, a 32 categorias de servidores públicos.

Segundo o governo do DF, caso surjam fontes extras de arrecadação, os retroativos de setembro de 2015 a setembro de 2016 serão pagos em 2017. O início do pagamento da última parcela dos aumentos autorizados em 2013 permanece para outubro do ano que vem. Essa medida depende de aprovação de projetos de lei protocolados na Câmara Legislativa.

Os professores estão parados desde o dia 15 de outubro. Já os médicos, iniciariam a greve no dia 8 do mês passado e estão atendendo apenas emergências, segundo o Sindicato dos Médicos do DF. Também no dia 8, os servidores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) paralisaram as atividades. No dia 27 de outubro, os funcionários do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) também pararam.

Os metroviários, que estão em greve desde a última terça-feira (3), devem continuar de braços cruzados. Segundo o diretor de Relação Sindical dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô), Ronaldo Amorim, a situação da categoria é diferente dos servidores. Isso porque o reajuste é previsto em acordo coletivo, e não por lei. Segundo Amorim, em abril, o governo definiu a recomposição da inflação, com pagamento a partir de outubro, o que não aconteceu.

O Metrô-DF estabeleceu um funcionamento especial, enquanto durar a greve. Os trens vão circular apenas nos horários de pico, das 6 às 9 horas e das 17h30 às 20h30. No domingo, as estações ficarão fechadas.

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