Tem teto
Distritais acabam com salários de marajás em Brasília
Publicado
emDenise Caputo
Os deputados distritais aprovaram na sessão da Câmara Legislativa desta terça (4) substitutivo ao projeto de lei que obriga a aplicação do teto constitucional aos salários dos trabalhadores de empresas públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal, barrando o recebimento dos chamados super-salários.
Após acordo feito pelo presidente da Casa, Joe Valle (PDT), a matéria foi votada em primeiro turno, ficando a apreciação de emendas para o segundo turno da votação.
Foram 22 votos favoráveis e duas ausências, dos deputados Cláudio Abrantes (Rede) e Sandra Faraj (SD). A apreciação da matéria em segundo turno terá que esperar prazo regimental de 10 dias úteis.
O texto aprovado foi construído pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, considerando a tramitação conjunta da Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº 67/2017, do Executivo, e a PELO nº 60/2013, da deputada Celina Leão (PPS). O substitutivo estabelece o prazo de 90 dias para a regulamentação da lei.
Depois da votação, diversos distritais se revezaram na tribuna para tratar da matéria. De forma unânime, eles defenderam o cumprimento do teto constitucional – que equivale ao salário de um desembargador; hoje, R$ 30.471,11 – para qualquer servidor público.
“A máquina pública está apodrecida porque manteve privilégios e desigualdades inaceitáveis. Muitos estados não conseguem pagar nem o piso salarial dos professores, que é de R$ 2.298,00”, disse Prof. Israel Batista (PV).
Já o deputado Wasny de Roure (PT) elogiou a articulação feita pelo presidente Joe Valle para a apreciação da proposta, em primeiro turno, nesta tarde e reforçou a importância da discussão de emendas ao texto no próximo turno de votações. “Esse projeto demonstra preocupação com a coisa pública, e o conjunto e emendas precisa ser apreciado com tranquilidade”, disse.