Luís Cláudio Alves
Na sessão ordinária desta terça-feira (8), deputados distritais cobraram do GDF a realização de nova licitação para o transporte público. O deputado Bispo Renato Andrade (PR), ex-presidente da CPI dos Transportes, comemorou nova decisão do Tribunal de Justiça anulando os contratos celebrados com as empresas Piracicabana, Pioneira e Marechal.
O parlamentar destacou que essa foi a terceira decisão da Justiça determinando a realização de nova licitação e lamentou a demora do governo. Segundo ele, agora o GDF tem 180 dias, após o trânsito em julgado da sentença, para promover a licitação – o que, em sua opinião, vai proporcionar uma economia de 30 a 40% dos gastos com subsídios para as empresas de ônibus.
A deputada Celina Leão (PPS), uma das autoras da ação julgada pelo TJDF, também festejou a decisão e pediu pressa para o governo. Na avaliação dela, os gastos com as empresas de ônibus são um dos maiores rombos do GDF. Segundo informou, antes da licitação anulada, o governo gastava cerca de R$ 160 mil com subsídios para as empresas. Depois, o valor subiu para R$ 1 bilhão. A distrital destacou ainda que a Justiça considerou que a família de Sacha Reck participou e influenciou em todas as etapas da licitação. Para ela, somente um novo processo vai acabar com o rombo atual.
Já o líder do governo na Casa, deputado Agaciel Maia (PR), defendeu a realização de uma nova licitação, mas sugeriu também a revisão do modelo de gratuidades e o combate a fraudes no sistema. Maia propôs que o GDF encaminhe um projeto para a Câmara Legislativa e deixe os deputados decidirem sobre as gratuidades a serem mantidas.