Vários deputados distritais foram à tribuna da Câmara Legislativa nesta terça-feira (8) para rebater as críticas da imprensa com relação à baixa frequência de parlamentares nas sessões ordinárias da Casa. A deputada Celina Leão (PDT) foi a primeira a se pronunciar e questionou a liberação de verbas de publicidade para os veículos de comunicação da cidade.
“Toda hora eu vejo no Diário Oficial a liberação de verbas de publicidade para a grande mídia. Isso precisa ser discutido. Fazer campanha contra os parlamentares e banalizar os projetos de lei que são solicitados pela própria população é interesse de quem?”, questionou.
A deputada Arlete Sampaio (PT) defendeu a missão democrática do Legislativo e questionou as intenções da mídia. “Ninguém fiscaliza os juízes, os conselheiros dos tribunais de contas, os procuradores. Mas justamente o Poder Legislativo, que é o mais democrático, é o único a ser atacado. Parece que a mídia está a serviço de algo que não é a democracia. Por que não ressaltam os nossos vanguardismos, como o fim do voto secreto, o fim do 14º e 15º salários, a lei contra o nepotismo e todas as medidas de transparência que a Câmara Legislativa adota?”, provocou.
Alírio Neto (PEN) também questionou os repasses de publicidade para os veículos de comunicação. “Temos que fazer a discussão do plano diretor de mídia. Afinal, como é distribuído esse dinheiro? Quanto cada jornal de Brasília recebe de publicidade? Esse dinheiro é público e temos o dever de esclarecer isso”, afirmou.
Agaciel Maia (PTC) voltou a destacar a importância de o Legislativo contar com uma emissora de TV para mostrar o trabalho dos deputados à população, e Aylton Gomes (PR) assumiu ter trabalhado para evitar votações nos últimos dias. “Eu puxei mesmo o movimento para trancar a pauta, em protesto contra o tratamento que os policiais militares e bombeiros receberam do governo”, explicou.
Já o deputado Chico Vigilante (PT) afirmou que vai reapresentar uma proposta de emenda à Lei Orgânica para limitar o período de férias dos parlamentares a 30 dias. “Vou coletar assinaturas com a população e tentar mais uma vez aprovar essa proposta. Todo trabalhador tem 30 dias de férias, nada justifica que o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público tenham 90 dias. Isso não pode continuar existindo”, defendeu.
Éder Wen