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Distritais empossam Rollemberg, que prega pacto por Brasília

Um pacto por Brasília. Executivo, Legislativo, Judiciário e sociedade de mãos dadas para resgatar a cidade que todos almejam. Essa foi a tônica do discurso do governador Rodrigo Rollemberg, ao ser empossado no cargo pelos deputados distritais, em cerimônia realizada nesta quinta-feira 1º na Câmara Legislativa.

No discurso para um público de 400 pessoas que ocupou o auditório da Casa, Rollemberg apontou a “crise histórica” enfrentada pelo governo brasiliense e conclamou todos para ajudar. Para tanto, prometeu prioridade para saúde, educação, guerra à burocracia, diálogo, transparência, ética e participação popular.

Rollemberg lembrou seus 20 anos de carreira, que começou como deputado distrital com um sábio conselho de sua mãe: “quem não vive para servir, não serve para viver”. Ele disse que não há milagres e pediu que a Câmara Legislativa trabalhe junto com seu governo no resgate da política como instrumento para fazer as pessoas mais felizes.

O novo governador agradeceu aos secretários de sua administração com quem tem “a missão de melhorar a qualidade de vida dos moradores do Distrito Federal”. Lembrou Miguel Arraes e Eduardo Campos, líderes do PSB que o inspiraram. Citou também Reguffe e Cristovão Buarque, senadores aliados do governador.

O líder do Executivo destacou que a prioridade é atender os que mais precisam do Estado, afirmando que sempre foi pautado pelo socialismo e citou o fundador do PSB, João Magabeira:

“A igualdade é uma abolição de privilégio dos fortes. Não é, nem pode ser nunca, um obstáculo à proteção que o Estado deve aos fracos. Consiste a igualdade, sobretudo, em considerar desiguaçmente a harmonia social, pelo equilibrio dos interesses e da sorte das classes. A concepção individualista do direito desaparece ante a sua socialização, como instrumento de justiça social, solidariedade humana e felicidade coletiva.”

Segundo Rollemberg, o Distrito Federal passa uma crise financeira “muito grave” e exige “austeridade”. O rombo nos cofres públicos é estimado pela equipe de transição em R$ 3,8 bilhões.

“Vivemos uma crise sem precedentes, a cidade está destroçada. […] A situação econômica é grave, gravíssima, vivemos o maior desequilíbrio orçamentário da história de Brasília, isso exigirá uma postura firme e eficiente para poder equilibrar as contas públicas”, discursou.

Em meados de dezembro, Rollemberg anunciou que cortaria 15 secretarias do atual governo Agnelo, que tem 39 pastas. O socialista também afirmou que fará governo transparente e combaterá a corrupção. “A cidade não pode ficar identificada pelos desmandos e ineficiência e como cidade da corrupção”, declarou.

Após as eleições, em outubro, o pagamento de funcionários públicos e terceirizados do Distrito Federal ficaram atrasados e uma série de paralisações foram feitas. De janeiro a outubro deste ano, a diferença entre as despesas e as receitas do governo chegou a R$ 3,2 bilhões.

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