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Dia do Trigo

Distrito Federal se destaca na produção de cereais

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Autor/Imagem:
Josiane Borges/Via Agência Brasília - Foto Wenderson Araújo

O Dia do Trigo foi celebrado na sexta, 10,como forma de destacar a relevância do grão na economia e no setor agropecuário. Presente na mesa do brasileiro, o cereal serve de base para uma série de produtos essenciais, como pães, bolos e biscoitos. A produção tem se destacado no Distrito Federal. Em comparação entre dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a produção de trigo aumentou em 150%, passando de 7.511 para 18.811 toneladas. A quantidade de produtores saltou de 18 para 32, segundo dados da Emater.

O agrônomo Gabriel Triacca produz grãos com a família há mais de 40 anos na região do PAD-DF, no Paranoá. Ele já é a terceira geração de produtores da família e cultiva nos 173 hectares da fazenda, trigo, soja, milho, feijão, arroz, girassol, uva, além de um mix com mais de dez espécies de plantas de cobertura. No início do segundo semestre, fez a colheita do trigo e reservou neste ano 60 hectares para o plantio do cereal.

“O trigo que planto é o sequeiro, que é específico na época da seca. Ele é um trigo melhorado e adaptado para uma segunda safra, que não precisa de irrigação, tem baixo investimento e pouco risco. A produção dura de 100 a 120 dias, e aqui é uma área muito boa para o plantio. O terreno se adaptou bem ao plantio; este ano, colhemos mais de 40 sacas por hectare”, conta o produtor rural.

O trigo sequeiro está entre as variedades adaptadas para o clima de Brasília. A espécie é tolerante a índices menores de chuvas. Para o agrônomo, há várias vantagens para a produção do cereal. “O trigo, além de ser rentável, é um condicionante do solo aqui na nossa região. Ele diminui as doenças fúngicas e bactérias. A palhada do trigo é muito boa para o plantio; embaixo, ela preserva os microrganismos benéficos para a soja e o feijão, porque preserva a umidade do solo”, destaca Triacca.

Apoio do governo
O cultivo dos grãos no DF, desde a semeadura até o transporte ao consumidor final, recebem o apoio do Governo do Distrito Federal por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). Segundo o extensionista Rural da Emater no PAD-DF, Gilmar Batistella, os produtores da região são estimulados a fazerem o plantio do trigo nas entre safras.

“A produção do trigo está um pouco atrelada à capacidade da cooperativa [Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF)] processar o trigo. Somente no DF, temos 1.600 hectares de trigo. A produção tem aumentado bastante porque aumentou a capacidade de processamento, e os produtores são estimulados a plantar o cereal”, conta Batistella.

O técnico salienta que os agricultores da região do PAD-DF, em especial, têm um grande domínio de suas produções, e a principal demanda é o planejamento do manejo hídrico. “As portas da Emater-DF estão abertas para todos os produtores, grandes e pequenos. Auxiliamos na parte técnica, na documentação, com questões ambientais e hídricas. Na época da seca é quando aumenta a demanda com os produtores para o planejamento do uso da irrigação. Caso precise, os agricultores podem ir ao escritório ou agendar uma visita dos técnicos à propriedade”, explica Batistella.

Outras ações do GDF também acabam por beneficiar os agricultores e facilitar na produção. Um exemplo disso foi a construção da DF-285, que pavimentou 13,5 quilômetros e contou com um investimento de R$ 20,6 milhões.

“O governo tem nos auxiliado muito. A DF- 285 também teve uma melhora no policiamento da nossa região. Temos percebido que nos últimos anos, o governo tem olhado para nós. A melhora nas rodovias facilita o escoamento da produção, a compra de insumos, evita entrar nas grandes cidades, e até na manutenção dos nossos veículos e na logística em geral”, reconhece Gabriel Triacca.

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