O dólar subiu 0,53% no pregão desta terça 23 e fechou o dia cotado a R$ 2,407 para venda. Ultrapassou a barreira de R$ 2,40 pela primeira vez em sete meses. O valor de fechamento é o maior desde o dia 12 de fevereiro, quando a moeda norte-americana havia encerrado o dia valendo R$ 2,423.
No último dia 17, o Federal Reserve (Fed, autoridade monetária dos Estados Unidos) reduziu mais um pouco os estímulos à economia do país. Decisão que valorizou a moeda norte-americana e fez com que o dólar fechasse o pregão da última quarta-feira acima de R$ 2,35 pela primeira vez em seis meses, com novas evoluções nos pregões seguintes.
Como tem ocorrido nas reuniões desde o fim do ano passado, o Banco Central norte-americano cortou em US$ 10 bilhões a injeção mensal de dólares para ajudar a maior economia do planeta. A ajuda mensal, que começou com US$ 85 bilhões, vem caindo gradativamente, e agora foi reduzida para US$ 15 bilhões. A previsão é que o programa acabe no próximo mês.
Atualmente, os juros norte-americanos estão abaixo de 0,25% ao ano, desde 2009, de modo a estimular a recuperação da economia dos Estados Unidos, que entrou em declínio com o estouro da bolha imobiliária, em 2007, e tomou maior vulto com a quebradeira bancária no ano seguinte.
A expectativa do mercado financeiro é que o Fed aumente a taxa interna de juros, e isso somado à redução do estímulo financeiro mensal estimula a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil, para a economia norte-americana. Perspectiva que se reflete em cotação mais alta do dólar.