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Dona Irene ‘entrega o jogo’ de ser palmeirense

Conheci a Dona Irene no dia 11/02/2011, quando já nos apaixonamos e começamos a namorar. Aliás, pra mim foi fácil me encantar com tamanha mulher, mas até hoje me pergunto o que foi que ela viu em mim. Seja como for, lá estávamos nós dois curtindo nossos primeiros momentos, quando ela começou o seguinte interlúdio.

– Dudu, adivinha qual é o meu time?

– Hum… Deixa eu pensar… Qual é o maior ídolo da história do Botafogo?

– Ah, é o Garrincha.

– Qual é o maior ídolo da história do Flamengo?

– O Zico.

– Qual é o maior ídolo da história do Vasco?

– O Dinamite.

– Qual é o maior ídolo da história do Atlético?

– O Reinaldo.

– Qual é o maior ídolo da história do Palmeiras?

– Ah, o Ademir da Guia!

– Então você só pode ser palmeirense!

– Por quê, Dudu?

– Somente um torcedor do Palmeiras saberia responder isso.

Pois é, e foi assim que eu descobri o time da minha mulher. Aliás, nunca vi alguém tão apaixonado por um time. Tanto é que ela consegue até cantar o hino do Palmeiras de trás pra frente. Por isso, vou prolongar um pouco esta história e contar o que aconteceu no recente 13/11/2022, quando o Palmeiras, já campeão do Brasileirão pela décima primeira vez, foi jogar em Porto Alegre contra o Internacional pela última rodada.

Lá estava a Dona Irene em pleno Beira-Rio, quando a torcida do Palmeiras começou a gritar: “Divino! Divino! Divino!” Minha amada abriu aquele sorriso maravilhoso que só ela possui e, então, quase gritando, disse: “Não acredito que o Ademir está aqui!” E não é que ele estava logo ali, já cercado por uma pequena multidão apaixonada?!

E lá foi a minha mulher, que não se intimidou com aquele paredão humano cercando o maior ídolo da história do seu time do coração. Não demorou muito, a Dona Irene e o Ademir da Guia estavam juntinhos, quando ela o beijou no rosto. Tímido, o Divino agradeceu pelo gesto de carinho. Mal sabia ele que estava diante da incrível Dona Irene ou, se sabia, guardou para si tal segredo.

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