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Doria adverte para baderna nas ruas e para golpe de Bolsonaro

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) manifestou nesta segunda, 23, preocupação com as manifestações bolsonaristas programadas para o 7 de Setembro. Falando a seus colegas de outros 21 estados e do Distrito Federal, em uma reunião remota, o tucano disse temer a presença de militantes armados nos atos, em particular os da Avenida Paulista. Doria tentou mas não conseguiu arrancar dos governadores uma carta de repúdio ao presidente da República. A maioria fez a opção do diálogo, e ficou acertado que será tentado um encontro com Jair Bolsonaro.

Principal oponente de Bolsonaro entre candidatos de centro-esquerda ao Planalto em 2022, Doria pontuou que “se já não bastassem as ameaças cada vez mais crescentes nas últimas semanas, teremos nesse mês de setembro manifestações. Não apenas do direito de se manifestar contra ou a favor, mas manifestações ruidosas para colocar em risco a democracia”.

Dizendo dispor de informações da área de informações da sua Polícia Civil, o governador paulista advertiu que caminhoneiros “estão sendo organizados por milícias bolsonaristas para fechar estradas, fechar acesso às estradas. O estímulo pelas redes sociais para que militantes do movimento utilizem armas e saiam às ruas armados. Isso não é defender a democracia. Isso não é estabelecer o diálogo, isso não é respeitar o entendimento, isso é desrespeitar o País e desrespeitar a vida.” E acrescentou: “Isso é grave e precisa parar”.

Ainda de acordo com o entendimento do governador, o Brasil vive “um momento gravíssimo da vida nacional”. Portanto, frisou, “não é o momento de nos silenciarmos, repito, e nem ficarmos na retaguarda. Nós temos o dever e a obrigação daqueles que, unidos pela defesa da liberdade do País, se manifestarem, sim.”

“O País sofre uma ameaça constante em relação à democracia”, disse Doria. “Basta observar as manifestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que flerta com o autoritarismo permanentemente e muitos dos seus ministros endossam isso. Isso afronta os princípios da liberdade, os princípios das instituições, os princípios da democracia e daquilo que nós defendemos.”

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