O governador de São Paulo, João Doria, prevê que abril será um mês de tristeza para o Brasil. “Lamentavelmente, estamos no mês mais duro, mais agudo, mais difícil da crise do coronavírus. Será um mês de notícias tristes para os brasileiros. Temos que ter consciência disso e a capacidade de reconhecer de que este será o mês mais difícil da nossa crise. O embasamento para isso é científico”, disse. Por isso, acrescentou, o importante é manter no momento o isolamento social. “Fiquem em casa”, ressaltou.
Nas últimas 24 horas São Paulo conseguiu analisar mais 87 amostras de pessoas que morreram no estado com suspeita de coronavírus e cujo exame estava parado, aguardando resultado. Do total de analises, 26 deram diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Na quinta, 2, já haviam sido analisadas 93 do total de 201 amostras que estavam paradas.
Doria negou que São Paulo esteja deliberadamente escondendo dados sobre os casos de covid-19 no estado. “Não há nenhuma informação omitida, escondida ou deliberadamente retardada para a opinião pública. Temos aqui uma guerra de saúde, uma guerra econômica e uma guerra de informação. E vencer a guerra de informação é fornecer informações corretas, precisas e transparentes”, afirmou.
Já o diretor do Instituto Butantan e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, disse que o tamanho da epidemia de covid-19 no país será percebido já nas próximas semanas. “Nas duas ou três semanas vamos conhecer exatamente o tamanho dessa epidemia. Estamos no começo dela e vamos saber se vamos encontrar um Everest [montanha de maior altitude do mundo] ou um monte mais suave”, disse ele.