Bruno Bocchini
O prefeito da capital paulista, João Doria, revelou nesta terça (24) que blocos de outros estados terão que pagar uma taxa à prefeitura de R$ 240 mil para poderem se apresentar na cidade no período de pré-carnaval – o final de semana anterior à folia. De acordo com o prefeito, blocos da Bahia e de Pernambuco manifestaram interesse em desfilar no pré-Carnaval de rua da capital paulista, mas ainda não confirmaram se concordam com a taxa.
“Houve solicitações de blocos de outras regiões, principalmente da Bahia. Nesse sentido, são blocos que atraem 50, 60, 70 mil pessoas. Isso custa para a cidade manutenção, limpeza, segurança, movimentação das equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), tudo isso tem custo para a cidade”, disse Doria.
Cada bloco poderá desfilar por cerca de três horas em um dos dias do pré-Carnaval, que será realizado na região da avenida Tiradentes e da praça Campo de Bagatelle, na zona norte da cidade. Os blocos terão a permissão para vender abadás, mas não poderão usar cordões para separar o restante do público dos foliões que tiverem comprado o traje.
“O que nós propusemos é que os blocos pudessem, na medida em que possuem todos eles patrocinadores robustos, contribuírem com as taxas da cidade”, disse Doria. “É um valor razoável, não é pequeno, para que os blocos patrocinados possam desfilar na maior cidade do país. Se venderem abadás para 50, 60 mil já seria suficiente para pagar essas taxas”, destacou o prefeito.
Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, 495 blocos paulistas já se cadastraram para desfilar pelas ruas da cidade no carnaval de rua, no período de 17 de fevereiro a 5 de março de 2017. Os blocos paulistas inscritos são isentos de taxas e recebem apoio da prefeitura para desfilar durante o período oficial do evento. A administração municipal fornece infraestrutura de segurança, acompanhamento da CET, ambulâncias e banheiros químicos.